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Bolsa fecha em alta com apoio das commodities, destaque para Petrobras; dólar recua

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São Paulo -A Bolsa fechou em alta, chegou a atingir a máxima de 143.181,59 pontos no interdiário, sustentada pelas commodities, com destaque para Petrobras (PETR3 e PETR4), que acompanhou a cotação do petróleo no mercado internacional em meio às preocupações geopolíticas.

Somado a isso, a inflação ao produtor (PPI, sigla em inglês) em queda nos Estados Unidos corroborou para corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), e os investidores esperam pelo CPI de agosto amanhã (11).

O mercado acompanhou o quarto dia de julgamento de Jair Bolsonaro e sete réus por tentativa de golpe de Estado. O ministro Luiz Fux do STF, o terceiro a votar na ação penal, pediu nulidade do processo.

As ações da Vale (VALE3) subiram 0,69%. Petrobras (PETR3 e PETR4) tinha ganho de 2,56% e 1,80%. Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) avançaram 0,07% e 3,03%. Bradesco (BBDC4) caiu 0,70%. Magazine Luiza (MGLU3) e CEA Modas (CEAB3) fecharam em alta de 3,69% e 4,79% com a divulgação do IPCA de agosto no radar.

O principal índice da B3 subiu 0,51%, aos 142.348,70 pontos. Às 17h16 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em outubro avançava 0,34%, aos 144.155 pontos. O giro financeiro foi de R$ 18,4 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Para Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, a alta Ibovespa reflete fatores internos e externos.

“A valorização das commodities favorece papéis ligados a petróleo e minério, enquanto a perspectiva de um arrefecimento nas tensões comerciais com os Estados Unidos ajuda a reduzir incertezas. Entre indicadores locais, o dado de inflação mostrou alívio, mas sem alterar de forma significativa as expectativas de política monetária. O tom geral, contudo, é de um mercado que encontra sustentação no cenário internacional mais favorável”.

Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse que a inflação nos Estados Unidos, commodities e bancos puxam a Bolsa pra cima.

“O PPI de hoje é um prenúncio do CPI [inflação ao consumidor] amanhã (11). Esse dado e a revisão [para baixo] do payroll [em 911 mil vagas nos últimos 12 meses até março] ontem corroboram para queda de juros nos Estados Unidos. A queda dos treasuries, que testa a mínimos dos últimos 4 dias, confirma o que os dados mostram queda de juros nos EUA na próxima reunião com certeza. O mercado avalia se será corte de 0,25pp ou 0,50pp. A queda de juros lá fora abre espaço para começar o corte aqui, e isso mexe com lucro das empresas. A Petro, Vale e bancos subindo puxam o índice. Chama atenção a alta do Banco do Brasil, que avança desde ontem, mas não tem notícia específica para a empresa. O Bradesco mais fraco. O mercado monitora o julgamento do Bolsonaro, mas o risco é a aprovação da anistia, o que pode gerar uma crise”.

Nos Estados Unidos, mais cedo, a inflação ao produtor caiu 0,1% em agosto na comparação com julho e o mercado previa alta de 0,3%.

Em relação ao IPCA, divulgado mais cedo, Otávio Araújo, consultor sênior da Zero Markets Brasil, disse que o IPCA de agosto “marcou a primeira deflação em um ano [-0,11%] e acumulando alta de 5,13% nos últimos 12 meses, ainda acima da meta estipulada pelo Banco Central. O resultado foi influenciado por forte queda em grupos importantes e altas pontuais em alguns outros segmentos. O cenário geral indica alívio temporário na inflação, mas pressões em segmentos essenciais ainda persistem, e devem causar cautela para o Banco Central na próxima reunião do Copom [dias 16 e 17], onde a Selic deve ser mantida em 15%”.

O dólar comercial fechou em queda de 0,54%, cotado a R$ 5,4063. A moeda refletiu, ao longo da sessão, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que registrou recuo de 0,1% em agosto ante projeções de +0,3%.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o recuo de 0,11% do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, levemente acima das projeções do Termômetro Safras.

Segundo a economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, o IPCA leva a crer que o Banco Central (BC) só irá começar a Selic (taxa básica de juros) em 2026, resultando em um diferencial ainda maior de juros com o iminente corte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na próxima semana: “Continuamos vendo pressão na inflação, mas o câmbio pode ser beneficiado”.

Para o economista-chefe do Banco Bmg, Flávio Serrano, o movimento de hoje é ligado ao PPI, fazendo com que as Treasuries recuassem e o dólar perdessem força perante outras moedas: “Embora um corte de 0,25 ponto percentual ainda seja consenso no mercado, aumentou a probabilidade de 0,50”, avalia.

Segundo o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o IPCA confirmou a sinalização do IPCA-15, apresentando deflações disseminadas, com o desconto de Itaipú à energia elétrica e o recuo na gasolina liderando a queda da inflação. No entanto, a abertura foi ruim, com piora nas medidas subjacentes de inflação, principalmente de industriais e de serviços, e alta na difusão. Não vejo grandes novidades no IPCA de hoje, sendo um fator de cautela para visões mais otimistas quanto à dinâmica de inflação neste segundo semestre”.

“No geral, ainda que tenhamos observado forte surpresa no headline, a composição dos núcleos segue benigna e avaliamos preliminarmente que a projeção anual não deve se afastar muito dos atuais 4,7%”, avaliou o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.

As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta, próximas ao zero. A sessão desta quarta foi marcada pela divulgação do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto.

Por volta das 16h42 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,895% de 14,895% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,005%, de 13,970%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,285%, de 13,280%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,185% de 13,215% na mesma comparação.

Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo misto, com o S&P renovando suas máximas, após a divulgação de que os preços no atacado caíram inesperadamente em agosto – um alívio para investidores que aguardam um corte de juros do Federal Reserve na próxima semana para impulsionar a economia.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,48%, 45.490,92 pontos
Nasdaq 100: +0,03%, 21.886,06 pontos
S&P 500: +0,29%, 6.532,04 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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