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Bolsa fecha em queda, oposto ao exterior, com a política doméstica no radar em dia de correção; dólar sobe

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São Paulo – O Ibovespa fechou em queda, oscilou entre a máxima de 143.089,43 pontos e a mínima de 141.329,17 pontos, na contramão de Wall Street, em dia de agenda fraca e correção, após bater recorde histórico. Os investidores ficam de olho na retomada amanhã (9) do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e sete réus pela tentativa de golpe de Estado, e a preocupação com as chances de sanções pelos Estados Unidos, principalmente no setor financeiro. Os bancos caíram.

As ações do Itaú (ITUB4) caíram 0,44%. Bradesco (BBDC4) perdeu 0,52% e Banco do Brasil (BBAS3) registrou queda de 0,94%. O destaque positivo ficou para Raizen (RAIZ4) com alta de 5,46%.

O principal índice da B3 caiu 0,59%, aos 141.791,58 Pontos. Às 17h13 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em outubro perdia 0,59%, aos 143.705 pontos. O giro financeiro foi de R$ 16,5 bilhões. Nos EUA, os índices fecharam em alta.

Hayson Silva, analista da Nova Futura Investimentos, disse que a queda do Ibovespa neste início de semana decisiva, “é marcada pela reunião dos Brics e pelo julgamento de Bolsonaro no STF. A possibilidade de novas sanções econômicas por parte dos EUA, com foco direto sobre o sistema financeiro, coloca os bancos na linha de frente das preocupações do mercado. Como principais alvos das possíveis medidas, as ações do setor bancário exercem forte pressão negativa sobre o índice no pregão de hoje”.

Para João Daronco, analista CNPI da Suno Research, “o dia é neutro para o Ibovespa, com o mercado apreensivo com os aspectos políticos por aqui como ao julgamento do Bolsonaro e a questão da eleição na Argentina impactou um pouco os ânimos dos investidores com [os países] emergentes, o que reflete no fluxo e na Bolsa”.

Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos, disse que “o Ibovespa passa por um movimento de correção após altas dos últimos dias. Não tem drivers que façam o mercado subir na sessão de hoje. Os investidores estão aproveitando para colocar dinheiro no bolso e esperando os próximos passos políticos por aqui. Todo mundo está de olho no julgamento do Bolsonaro e na sentença na sexta-feira (12). O grande ponto é se os Estados Unidos podem aplicar mais sanções no Brasil”.

Régis Chinchila, analista de research da Terra Investimentos, disse que os bancos pressionam a Bolsa em dia de correção, após a alta de sexta-feira.

“O Ibovespa inicia a semana em queda, refletindo principalmente a pressão negativa do setor bancário e um movimento natural de ajuste após a forte alta da sexta-feira [5], quando os dados do payroll dos EUA reforçaram as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve. O movimento atual é visto como uma acomodação, já que o mercado aguarda novos dados [a inflação essa semana] antes de ganhar novo fôlego”.

Para Renato Nobile, gestor e analista da Buena Vista Capital, disse que o Ibovespa tem realização de lucros, após altas consecutivas, e questões políticas no radar.

“O mercado está mais apreensivo com cenário eleitoral, após pesquisas em SP mostrarem uma margem menor de liderança de Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo] do que o esperado. Além disso, de olho em tensões políticas e julgamento de Bolsonaro [Jair Bolsonaro] potencializando novas ações de Trump [Donald Trump]. Não tem nenhum catalisador positivo para ativos de risco no mercado local para o dia de hoje”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,04%, cotado a R$ 5,4177. A moeda perdeu força na parte final da sessão, impactada pelo intenso fluxo estrangeiro. O cenário político doméstico e inflação do Brasil e Estados Unidos, que será divulgada nesta semana, permanecem no radar.

Segundo o head de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “apesar do carrego fantástico, os fundamentos não são muito favoráveis pra valorização do BRL por aqui. O fluxo não é positivo e deve ficar ainda mais negativo no final do ano. O fiscal continua ruim, mas tem a perspectiva ainda incerta de uma alternância de poder nas eleições de 2026. Apesar de tudo isso, o real está andando muito próximo de outras moedas emergentes até o momento”.

Para o CEO da Top Gain, Leonardo Santana, o movimento de hoje, no Brasil, está descolado do exterior: “O motivo da realização do dólar não está claro, mas eu acho que é saudável”.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta, próximas ao zero. Os drivers de hoje foram o cenário político e um movimento de correção.

Por volta das 16h36 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,895% de 14,890% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,930%, de 13,920%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,245%, de 13,210%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,185% de 13,160% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo positivo, enquanto investidores se preparam para uma semana carregada de indicadores, incluindo duas leituras cruciais sobre a inflação.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +0,25%, 45.514,95 pontos
Nasdaq 100: +0,98%, 21.707,69 pontos
S&P 500: +0,83%, 6.502,08 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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