São Paulo, SP – A BrasilAgro divulgou o balanço do quarto trimestre de 2025 (safra 2024-2025), com lucro líquido de R$ 61,2 milhões, queda de 74% em relação ao mesmo período da safra passada. No ano, o lucro líquido foi de R$ 138 milhões, queda de 39% em comparação a safra 2023-2024.
A receita líquida no quarto trimestre foi de R$ 340 milhões, queda de 34% em relação ao mesmo período da safra passada. No ano, a receita líquida foi de R$ 1,2 bilhão, alta de 12%.
O Ebitda ajustado foi de R$ 72 milhões, queda de 73% em relação ao mesmo período da safra passada. No ano, o Ebitda ajustado foi de R$ 267 milhões, recuo de 4%. A margem Ebitda ajustado foi de 20% no quarto trimestre de 2025 (safra 2024-2025), queda de 28 pontos percentuais. No ano, a margem Ebitda ajustado foi de 22%, recuou de 3 pontos percentuais.
“Do ponto de vista operacional, enfrentamos mais um ano desafiador, marcado por condições climáticas adversas e complexidades na condução das lavouras. Como consequência, a produção de grãos e algodão ficou 9% abaixo das estimativas iniciais, resultado de três principais fatores: redução da área plantada; impactos climáticos relevantes durante o ciclo produtivo; e dificuldades no manejo agrícola durante o desenvolvimento das lavouras. Em contrapartida, a estratégia de diversificação, com margens melhores na cana-de-açúcar e ganhos na pecuária,
somada ao desempenho positivo da estratégia comercial e das operações de hedge, foram essenciais para mitigar parte desses efeitos e preservar margens em culturas-chave”, destacou a companhia.
Para a safra 25/26, a companhia projeta um cenário favorável, com clima mais estável e ganhos de produtividade. Mesmo com a venda de propriedades, a empresa afirmou que manterá a área total plantada graças à incorporação de um novo arrendamento no Mato Grosso e à entrada em produção de áreas recentemente transformadas. A previsão é manter a área plantada em 172.610 hectares, em linha com a safra 24/25 “Esperamos colher resultados superiores, impulsionados por boas condições climáticas, maior disciplina operacional e investimentos consistentes em tecnologia. A criação do nosso novo centro operacional agrícola (COA), será um marco para elevar a eficiência e acelerar a transformação digital de nossas lavouras”, explicou a Brasilagro.
Em 30 de junho de 2025, o valor de mercado do portfólio, segundo avaliação interna, foi de R$ 3,1 bilhões, alta de 8% em relação à safra anterior. Essa valorização foi impulsionada, principalmente, pela maturação de áreas e incorporação de áreas irrigadas na Bahia, além da alta da soja. A avaliação interna considerou preço médio de R$ 108,81/saca (vs R$104,75/ saca do ano anterior).
Já a Deloitte, consultoria independente contratada para realizar avaliação de mercado das nossas propriedades, avaliou o portfólio em R$ 3,5 bilhões, resultando em valor médio de R$ 29.596/ha útil e CAGR de 18% nos últimos 5 anos
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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