São Paulo, 2 de setembro de 2025 – No Itaú Day, a diretoria executiva do banco apresentou a expectativa de dobrar sua carteira de varejo até 2030 e encerrar a década com até três vezes mais clientes em varejo de pessoas jurídicas (PJ), por meio de estratégias como uso de dados, dos canais digitais e de Inteligência Artificial Generativa (GenIA) e foco em hiperpersonalização voltada aos clientes. A política de dividendos do banco também deve permanecer estável, com forte possibilidade de distribuição adicional no início de 2026.
Os copresidentes do conselho de administração, Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, disseram que “o banco é uma empresa de tecnologia” e deve chegar a 15 milhões de clientes no SuperApp, dos atuais 10 milhões.
O Itaú destacou o movimento de pivotar o eixo gravitacional do varejo, com forte migração para canais digitais e remotos, com a meta é elevar de 15% para 75% a proporção de clientes atendidos nesses modelos, o que pode implicar redução relevante do footprint físico no médio prazo.
Em comentário sobre o evento, a Ativa Investimentos manteve a visão neutra para o banco. “O Itaú apresentou no Investor Day avanços relevantes em digitalização, eficiência e relacionamento com clientes. O banco segue se destacando pela escala e capacidade de execução, o que sustenta um posicionamento competitivo sólido. No entanto, acreditamos que o valuation já incorpora boa parte desses ganhos, limitando espaço para re-rating no curto prazo. Mantemos, portanto, visão neutra sobre a tese”, disse a corretora.
A Ativa disse que a instituição reforçou o investimento em tecnologia, automação e hiperpersonalização, com destaque para a plataforma integrada One Itaú, que vem concentrando produtos e relacionamento, com forte incremento de engajamento e retenção. “Migração planejada de dois terços dos 15 milhões de clientes atendidos por outros apps já foi concluída.”
A Ativa também mencionou que, no varejo, o banco disse ter revisado fluxos de atendimento PF e lançou o modelo EMPs voltado a pequenas empresas no varejo e que a iniciativa busca democratizar o crédito, reduzindo o custo de servir e viabilizando expansão da base com maior lifetime value.
“No atacado, destacamos seu posicionamento em DCM e asset management (AUM > R$ 1,1 tri). Na América Latina, destaque para consistência em Uruguai e Paraguai, enquanto Chile e especialmente a Colômbia seguem em processo mais inicial de transformação”, comentou a Ativa.
Por fim, sobre a política de dividendos do Itaú, a corretora disse que “a mensagem reforçou disciplina na alocação de capital, previsibilidade na distribuição de excedentes e foco em rentabilidade sustentável”.
A Ativa tem recomendação “neutra” para ITUB4, com preço-alvo de R$ 39,00. Por volta de 16h11 (horário de Brasília), a ação caía 1,54%, a R$ 38,18.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
Copyright 2025 – Grupo CMA

