São Paulo, SP – A Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário (PMI), realizada pelo departamento de Economia e Estatística junto às incorporadoras associadas, apurou em julho a comercialização de 6.154 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo, o que representa uma queda de 20,6% na comparação anual e um recuo de 39,4% na comparação com junho deste ano. Com o resultado, as vendas acumularam 111,7 mil unidades em 12 meses (agosto de 2024 a julho de 2025), o que representa uma alta de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O VGV (Valor Global de Vendas) somou R$ 3,8 bilhões em julho e R$ 58,2 bilhões no acumulado em 12 meses valores deflacionados pelo INCC-DI (Indice Nacional de Custo da Construção), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), referente ao mês de julho de 2025. O indicador VSO (Vendas Sobre Oferta), que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, atingiu 8,8% em julho e chegou a 62,5% em 12 meses.
De acordo com a pesquisa do Secovi-SP, a cidade de São Paulo registrou em julho o lançamento de 5.724 unidades residenciais. No acumulado de 12 meses, foram lançadas na capital paulista 123,9 mil unidades. O mercado imobiliário da cidade de São Paulo encerrou julho com a oferta de 63,7 mil unidades disponíveis para venda. Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (agosto de 2022 a julho de 2025).
Em julho de 2025, o VGO (Valor Global da Oferta) totalizou R$ 50,4 bilhões valores deflacionados pelo INCC-DI (Indice Nacional de Custo da Construção), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), referente ao mês de julho de 2025. No sétimo mês do ano, os imóveis de 2 dormitórios destacaram-se em todos os indicadores: 75% das unidades lançadas (4.313 unidades), 73% das vendas (4.489 unidades), 61% da oferta (38.956 unidades), 42% do VGV (R$ 1,6 bilhão), 33% do VGO (R$ 16,4 bilhões) e o maior VSO (10,3%).
Imóveis na faixa de 30m2 e 45m2 de área útil lideraram em quase todos os indicadores: 75% dos lançamentos (4.289 unidades), 68% das vendas (4.160 unidades), 54% da oferta (34.523 unidades) e o maior VSO (10,8%). Os imóveis com metragem superior a 180 metros quadrados registraram o maior VGV com 33% (R$ 1,3 bilhão) e o maior VGO com 31% do total (R$ 15,5 bilhões).
Imóveis com valor entre R$ 264 mil e R$ 350 mil lideraram com 46% dos lançamentos (2.643 unidades), 40% das vendas (2.452 unidades), 34% da oferta final (21.830 unidades). Os imóveis acima de R$ 2,1 milhões lideram em VGV com 41% (R$ 1,6 bilhão) e VGO, com participação de 46% (R$ 23,1 bilhões). Já o maior VSO (12,0%) ficou com a faixa de preço até R$ 264 mil.
A partir de julho de 2023, foi atualizada a faixa de preços dos imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida alterando o limite de R$ 264 mil para R$ 350 mil na cidade de São Paulo. Para segmentar os imóveis econômicos, o Secovi-SP elegeu as faixas de preço enquadradas nos parâmetros do programa Minha Casa Minha Vida. Em maio de 2025, foi criada a Faixa 4 do MCMV, que financia imóveis com preço de até R$ 500.000 para famílias com renda bruta entre R$ 8.000,01 e R$ 12.000. No entanto, a pesquisa considera como MCMV apenas as faixas 2 e 3.
Em julho, 68% das unidades lançadas e 67% das unidades vendidas estavam enquadradas no Programa Minha Casa Minha Vida, correspondendo, em termos absolutos, a 3.911 unidades lançadas e 4.130 unidades vendidas. A oferta disponível para a venda deste tipo de imóvel somou 33.179 unidades (52%), com VSO de 11,1%. Os outros mercados registraram 1.813 unidades lançadas, 2.024 unidades vendidas, oferta final de 30.528 unidades e VSO de 6,2%.
A Zona Oeste liderou nos lançamentos com 38% (2.189 unidades), em VGV com participação de 45% (R$ 1,7 bilhão) e VGO com 40% (R$ 20,2 bilhões). A Zona Leste liderou nas vendas com 28% (1.731 unidades). A Zona Sul registrou a maior oferta final com 31% (19.668 unidades). O maior VSO (10,8%) foram dos empreendimentos localizados na Zona Norte.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
Copyright 2025 – Grupo CMA

