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BTG inclui Energisa, Cyrela e Embraer em carteira 10Sim de setembro

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São Paulo, SP – O BTG Pactual divulgou as dez ações que compõem sua Carteira Recomendada 10Sim de setembro, com a mudança de três ações. Energisa, Cyrela e Embraer entram no lugar de Sabesp, Multiplan e Prio. Com isso as ações escolhidas são: Smartfit, Rede D’Or, Nubank, Equatorial, Itaú Unibanco, Motiva, Energisa, Cyrela, Embraer e Vibra. Em agosto, o desempenho do portfólio 10SIM foi de 11,7%, acima do Ibovespa (6,3%) e do IBrX-50 (6,1%).

Segundo o BTG, um cenário de inflação mais benigno está aumentando as chances de que o ciclo de flexibilização monetária no Brasil comece mais cedo (em dezembro) do que o esperado. Ao mesmo tempo, a postura mais dovish do FED também pode acelerar o ciclo de flexibilização nos EUA (agora é esperado que o ciclo de flexibilização nos EUA comece em setembro, com um total de três cortes de 25bps este ano). “Um cenário de curto prazo mais promissor nos leva a manter o mesmo posicionamento estratégico da carteira do mês passado, mesmo após a alta observada em agosto”, apontou o BTG.

Neste mês, a carteira continua com uma grande parte dos ativos alocada em ações que oferecem retornos atraentes em comparação com as taxas reais de longo prazo. A exposição a serviços básicos permanece em 20%, mas com a mudança da Sabesp (+13% em agosto) pela Energisa (TIR real de 11,3%), mantendo a Equatorial (TIR real de 10%). Também foi substituído a Multiplan pela construtora Cyrela, que tem um beta mais alto e deve apresentar resultados operacionais sólidos no segundo semestre de 2025, sendo negociada a 5x P/L. A Motiva (TIR real de 11%) permanece na carteira por mais um mês.

Sobre a saída da Prio, o BTG afirmou que, embora considere as perspectivas de longo prazo da petroleira muito promissoras, a falta de gatilhos de curto prazo e os preços do petróleo sob pressão foram fundamentais para substitui-la pela Embraer, que tem um forte momento de resultados e é negociada com um desconto acima de 10% em relação aos seus pares globais do setor de aviação.

CENÁRIO

As ações brasileiras estão baratas, sendo negociadas a 9,6x o P/L 12 meses à frente, excluindo a Petrobrás e a Vale (8,4x, incluindo-as), um desvio padrão abaixo de sua média histórica (de 11,9x). Quando se considera apenas o P/L, o Ibovespa parece, sem dúvida, barato. No entanto, quando ajustado pelas taxas reais de longo prazo (que estão em 7,4%), o prêmio para manter ações está em 3%, em linha com a média (3,1%). Em nossa opinião, para que ocorra uma recuperação sustentada, ou as taxas reais de longo prazo precisam cair, ou os lucros devem ser revisados
positivamente (as projeções de lucros estão subindo, mas apenas marginalmente, e vemos espaço limitado para revisões mais fortes para cima no curto prazo, dada a desaceleração econômica esperada).

“Em nossa opinião, a principal razão para as taxas reais de longo prazo anormalmente altas no Brasil é a situação fiscal insustentável do país. À medida que fica claro que este governo não tem interesse ou capacidade política para implementar medidas estruturais para reduzir o ritmo de expansão da dívida, as esperanças de uma política fiscal sustentável ficam a cargo do próximo governo”, ponderou o BTG.

SEGUNDO TRIMESTRE

Com a temporada de resultados do segundo trimestre já encerrada, enviamos uma rápida análise mostrando como os resultados consolidados se compararam às nossas estimativas e aos trimestres anteriores. À primeira vista, os resultados (excluindo Petrobras e Vale) ficaram ligeiramente acima das nossas projeções, com receita e EBITDA ficando em -0,5% e +0,2% em relação aos nossos números estimados, enquanto o lucro líquido superou em 2,4%. Enquanto isso, os números das empresas domésticas superaram nossas expectativas por uma margem maior. O EBITDA ficou em linha com o esperado, mas a receita e o lucro líquido ficaram 1,7% e 3,9% acima de nossas projeções, respectivamente.

Em comparação com o segundo trimestre do ano passado, os resultados foram bons. A receita consolidada (excluindo Petrobras e Vale) e o EBITDA cresceram 8% e 5,4% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro líquido aumentou 17% em relação ao 2T24. Os números das empresas domésticas foram mais fortes em relação aos exportadores de commodities, com receita e EBITDA crescendo 12% e 10% em relação ao ano anterior, respectivamente. No entanto, o lucro líquido cresceu apenas 2,3% a/a.

“A taxa Selic média no segundo trimestre de 2025 foi de 14,6%, bem acima dos 10,6% observados no mesmo período do ano passado. Quando analisamos as empresas de commodities, os resultados foram mais fracos, com receita 0,5% menor em relação ao ano anterior e EBITDA 7% menor a/a”, explicou o BTG.

DIVIDENDOS

O BTG Pactual divulgou também as ações que compõem sua Carteira Recomendada de Dividendos de setembro com a troca três ativos. CPFL, Copasa e Vulcabras entram nos lugares de Klabin, Sabesp e Caixa Seguridade. Também houve mudança no peso de três ações, com Itaú Unibanco recuando 5% e Equatorial e Vibra Energia subindo 5%. Com isso, as ações escolhidas são: Petrobras, Itaú Unibanco, Cemig, Eletrobras, Gerdau, CPFL, Vibra, Equatorial Energia, Copel, Copasa, Direcional e Vulcabras. Em agosto, a carteira apresentou uma performance positiva de 8,3%,
contra 5,4% do IDIV e 6,3% do IBOV.

A análise destacou que, apesar da lucratividade pressionada no segundo trimestre, os desafios da Vulcabras devem começar a diminuir no segundo semestre de 2025, à medida que a produtividade dos novos contratados aumenta. “Consideramos que a forte receita líquida é sustentável, somada a uma perspectiva mais saudável para a Vulcabras no longo prazo, devido à captura de oportunidades dos acordos com a Under Armour e a Mizuno (maior participação dos modelos da Mizuno desenvolvidos na fábrica da VULC, maximizando as sinergias com outras marcas e impulsionando as vendas da bandeira). Vemos as ações sendo negociadas a 9,2x o P/L para 2026, com um dividend yield de 7,6%, o que também sustenta nossa recomendação de compra”, explicou o BTG.

Sobre a CPFL, o BTG disse que vê ação sendo negociada a uma TIR real de 9%, ao mesmo tempo em que vem entregando fortes resultados operacionais, que resultaram em grandes dividendos nos últimos anos. “Com um valuation atraente, combinado com um balanço patrimonial robusto, alocação de capital disciplinada e uma payout elevado, vemos a CPFL sendo negociada com um dividend yield de 7% para 2025 e 2026”, destacou o BTG.

O BTG justificou a entrada da Copasa o portfólio de Dividendos devido a fatores importantes relacionados ao processo de privatização que pode se desenrolar nos próximos meses. “Vemos a empresa sendo negociada a 1,1x EV/RAB, mas o potencial de alta pode ser considerável em um cenário de privatização. Temos uma projeção de um dividend yield de 6,1% para 2025”, destacou.

Por fim, a análise ressaltou que mantém uma visão positiva em relação à Vibra, apoiada por catalisadores de curto e médio prazo e fundamentos sólidos. A empresa se beneficia de um ambiente regulatório mais favorável, com avanços recentes na CBIO, na aplicação da responsabilidade solidária e no combate ao carbono oculto, fatores que devem fortalecer as margens do setor. “Também vemos espaço para ganhos de participação de mercado, com o diesel russo perdendo competitividade como fonte alternativa de abastecimento”, concluiu.

Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)

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