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Bolsa fecha em leve alta, mas renova máximas, encerra agosto com ganhos de 6,3%; dólar sobe

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São Paulo -A Bolsa terminou o último pregão de agosto em leve alta, perdendo fôlego no final da sessão, mas renovou máxima de fechamento e no interdiário-de 142.378,69 pontos-com expectativa de afrouxo monetário nos Estados Unidos, reforçada pela inflação PCE dentro do esperado, bom desempenho de Petrobras, Vale e setor de consumo. O Ibovespa acumula ganhos de 2,50% pela quarta semana seguida. No mês, avançou 6,3%.

A possível aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica sobre os EUA mantém cautela do investidor.

As ações de Magazine Luiza (MGLU3) subiram 4,46%. Vale (VALE3) registrou alta de 0,28%. Petrobras (PETR3 e PETR4) avançou 0,80% e 0,54%.

O principal índice da B3 subiu 0,26%, aos 141.422 pontos. Às 17h18 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em outubro tinha ganho de 0,13%, aos 143.900 pontos. O giro financeiro foi de R$ 22,9 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em queda.

Gabriel Cecco, especialista da Valor Investimentos, disse que “o Ibovespa fecha a semana com forte ritmo de alta pela quarta vez seguida, renovando máximas no interdiário e consolidando viés positivo com expectativa de afrouxo monetário nos EUA e aqui, somado ao bom comportamento de Vale e Petrobras. Hoje a inflação nos EUA em linha com esperado manteve as apostas de corte de juros pelo Fed em setembro. O Ibovespa tem espaço para mirar 143,9 mil a 146,8 mil. No prazo, pode chegar até 150 mil. Por outro lado, suporte importante existe 137 mil a 138 mil pontos”.

Para Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, a bolsa caminha para fechar no positivo, apesar de certa cautela do investidor entre a relação Brasil e Estados Unidos.

“A bolsa sobe e segue batendo recordes no intradiário, acumulando alta na semana bastante expressiva, mas o volume baixo. O investidor mostra certa cautela querendo entender como os EUA vão reagir diante da posição do Brasil em usar tarifas recíprocas. Mas a Bolsa está galgando melhoras com expectativa de corte de juros aqui e lá fora. Hoje o PCE veio dentro do consenso, o que consolida o início de corte de juros por lá. Os juros futuros estão comportados e ajuda na boa performance do setor de consumo. O déficit setor público [divulgado mais cedo de R$ 66,6 bi] veio acima da previsão do mercado- R$ 63 bilhões”.

Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse que a Bolsa sobe na esteira da véspera, sem um drive específico.

“O mercado sobe dando continuidade ao movimento de ontem. Não é um movimento pontual, o mercado continua forte. O nível de preço que a bolsa está negociando não está cara. Ela continua atrativa, com entrada de fluxo e volume bom mesmo atingindo as máximas. Hoje não tem um evento específico, nada estrutural. Hoje pode fechar na máxima histórica. No curto prazo, o movimento de alta pode atingir máximas históricas, depois ter correção mais forte. A expectativa é testar entre 142 mil e 145 mil pontos. Para o final do ano pode buscar 147 mil, que é factível e a variável mais importante para ditar os próximos meses é a política monetária dos Estados Unidos. Se vier corte de juros, deve ter rearranjo global e favorecer países emergentes com taxas maiores”.

Lourenço disse que “o mercado está pagando pra ver a questão das tarifas. Os investidores estão preocupados com a reação dos EUA com uma possível condenação do Bolsonaro. O mercado está querendo um candidato mais de centro [para as eleições do ano que vem]. Se Bolsonaro tiver fora do jogo e viabilizar a candidatura para o Tarcísio, é o melhor dos mundos”.

Ontem, uma pesquisa da Atlas Intel/Bloomberg News mostrou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) está à frente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma eventual disputa pelo segundo turno. Freitas ganharia da eleição para presidente por 48,4% a 46,6% neste cenário hipotético.

Mais cedo, nos Estados Unidos, a inflação PCE subiu 0,2% em julho dentro do consenso do mercado e abaixo dos 0,3% em junho, números revisados. Revisados. Na comparação ano a ano, o índice subiu 2,6% em julho e ficou em linha com a expectativa dos analistas. Já o núcleo do PCE, que exclui do cálculo os preços de alimentos e energia, registrou alta de 0,3% em base mensal e avançou 2,9% em termos anuais.

No mercado de câmbio, o dólar fechou em alta de 0,29%,cotado a R$ 5,4219. A sessão foi marcada pela falta de um driver específico e baixa volatilidade. Na semana e no mês a moeda norte-americana teve desvalorização de 0,06% e 3,18%, respectivamente.

Segundo o economista-chefe do Banco Bmg, Flávio Serrano, “no geral, não tivemos nenhuma informação relevante para ditar a dinâmica do mercado. As taxas de juros estão bem equilibradas lá fora”.

Serrano acredita que a tônica da próxima semana pode ser diferente, com a divulgação de diversos indicadores, tanto aqui quanto lá fora, em especial o payroll (na sexta, 5): “Ele pode sinalizar se o Fed irá cortar os juros duas ou três vezes. O corte em setembro é praticamente certo”.

De acordo com o sócio da Ethimos Investimentos Lucas Brigato, “no geral, não vemos o dólar arriscando muito para cima ou para baixo. Vai precisar de um driver mais forte para quebrar os R$ 5,40”.

Brigato acredita que os ruídos entre Brasil e Estados Unidos impedem que a divisa estadunidense atinja R$ 5,30 ou até R$ 5,20: “A decisão não é comercial, mas política. Fica muito mais difícil”.

As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam mistas, próximas ao zero. A sessão foi marcada pela falta de um driver específico.

Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,885% de 14,890% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,965%, de 13,970%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,275%, de 13,280%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,205% de 13,180% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo negativo, já que investidores realizaram lucros antes do fim de semana prolongado, após um novo recorde do S&P 500 e os fortes resultados da Nvidia nesta semana. Novos dados de inflação mostraram que a alta dos preços ainda é um risco no início do novo mês.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,20%, 45.544,88 pontos
Nasdaq 100: -1,15%, 21.455,55 pontos
S&P 500: -0,64%, 6.460,26 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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