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Bolsa fecha em leve alta, em sessão volátil, após queda da véspera, e dólar recua e encerra a R$ 5,47

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São Paulo- A Bolsa fechou em tímida alta, oscilou entre a máxima de 134.963,84 pontos e mínima de 134.121,67 pontos, em um pregão volátil, com o mercado cauteloso sobre as implicações da Lei Magnitsky. O setor financeiro oscilou entre altas e baixas.

As atenções do mercado se voltam para o simpósio de Jackson Hole, que começa amanhã (21), e na sexta-feira (22) conta com as falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell.

Mais cedo, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, disse à Reuters que as instituições financeiras podem ser punidas se bloquearem ativos brasileiros para cumprir ordens dos Estados Unidos.

As ações do Itaú (ITUB4) subiram 0,05%. Bradesco (BBDC3 e BBDC4) subiu 0,44% e 0,31%. Banco do Brasil (BBAS3) tinha alta de 0,30% e BTG Pactual (BPAC11) perdeu 1,10%.

O principal índice da B3 subiu 0,17%, aos 134.666,46 pontos. Às 17h18 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em outubro tinha ganho de 0,60%, aos 137.280 pontos. O giro financeiro foi de R$ 15,9 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, disse que “no cenário doméstico ainda existe muita dúvida sobre o que os bancos vão fazer” se referindo à questão da decisão do Flávio Dino sobre a Lei Magnitsky. “Vamos ficar de olho no simpósio de Jackson Hole, que começa amanhã”, afirmou.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, disse que “a bolsa está de lado, até tentou uma melhora, mas com a entrevista do ministro Alexandre de Moraes à Reuters, os bancos pioraram e a bolsa também. O Ibovespa segue a linha de ontem. O investidor está cauteloso, com dificuldade de precificar o impacto da lei Magnitsky”.

Marcos Weight, head de tesouraria da Travelex Brasil, disse que aqui “o mercado ainda está preocupado com as consequências das sanções sobre os bancos locais. Se essa situação escalar, teremos grandes efeitos sobre os bancos brasileiros e a economia. Hoje nenhum dos lados parece querer ceder”.

Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, disse que o tom é de cautela na Bolsa em dia de volatilidade com as decisões de Flávio Dino e o exterior fazendo preço.

“A Bolsa é marcada por volatilidade e está sendo pautada pelas repercussões dos impactos sobre a decisão [na segunda] de Flávio Dino [ministro do STF]. Essa alteração traz um pouco de insegurança jurídica e a sensação do investidor é que as regras podem ser alteradas a qualquer momento. O mercado está silenciado para ver como vai ser esse desdobramento. A precificação [da notícia] ocorreu ontem, mas continua fazendo preço hoje em forma mais de cautela. Outro ponto é o Simpósio de Jackson Hole, e acredito que até está pesando mais. O mercado está olhando para ver sinalizações do Fed, se vai ter ou não corte [de juros] em setembro. Vejo cautela no mercado internacional -EUA e Europa- e a falta de apetite por lá contagia aqui. Os investidores também estão de olho na ata [do Fed]. Apesar de estar precificada, pode trazer surpresa. Dessa forma é melhor espera e manter a cautela”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 5,4719 para venda, com baixa de 0,51%. Às 17h05, o dólar futuro para setembro tinha baixa de 0,50% a R$ 5.487,500. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, recuava 0,01% a 98,25 pontos.

Na maior parte da sessão, a moeda recuou em um movimento de correção, após alta da véspera, e com o mercado ainda cauteloso sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. A política de Donald Trump sobre as tarifas e perspectivas de queda de juros nos Estados Unidos ficam no radar.

Luiz Antonio Junior especialista da Valor Investimentos, disse que hoje “a moeda americana perde próximo de 50 pontos base, corrigindo o movimento altista de ontem, enquanto o mercado ainda observa de perto as falas do Ministro do STF Flávio Dino e a reação dos bancos brasileiros, que sofreram grandes perdas no valor de suas ações desde ontem. O movimento global de perda de força do dólar é ocasionado pelas políticas adotadas de Donald Trump bem como da perspectiva de uma próxima queda de juros nos EUA, fazendo com que os investidores comecem a se movimentar buscando novas oportunidades de investimento, em especial em mercados emergentes”.

Sobre a ata do Fed, divulgada mais cedo, Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, disse que o documento mostrou um Federal Reserve cada vez mais dividido e ainda preocupado com os efeitos das tarifas na inflação e a saúde do mercado de trabalho americano.

“O comitê reiterou sua postura de ser “muito dependente de dados” e reafirmou que continuará a considerar uma ampla gama de informações ao tomar suas decisões futuras, incluindo as condições do mercado de trabalho, as pressões inflacionárias, as expectativas de inflação, e os desenvolvimentos nos mercados financeiros e internacionais. O discurso de Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole na sexta-feira será observado de perto por um mercado altamente apoiado em expectativas de cortes de juros. Um discurso mais hawkish pode criar mais pressão vendedora especialmente entre ativos mais sensíveis a taxas de juros, como as companhias de tecnologia, que já estão sob pressão nos últimos dias em um movimento de realização dos fortes lucros acumulados desde abril”.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, recentemente sancionado pelo governo dos Estados Unidos, disse à Reuters que tribunais brasileiros podem punir instituições financeiras nacionais que bloquearem ou confiscarem ativos domésticos em resposta a ordens norte-americanas. As declarações foram dadas em meio a um impasse que derrubaram as ações de bancos brasileiros, que ficaram em meio a sanções norte-americanas e ordens do STF.

Em entrevista na noite de terça-feira, em seu gabinete em Brasília, Moraes reconheceu que a atuação da Justiça dos EUA em relação aos bancos brasileiros que têm operações nos Estados Unidos “é da aplicação da lei norte-americana”.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda expressiva em um movimento de correção e com o mercado apostando em corte de juros por aqui no final do ano.

Por volta das 16h20 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,910% de 14,910% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,035%, de 14,145%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,360%, de 13,525%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,335% de 13,480% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em direções opostas, prolongando um período difícil para o setor de tecnologia, enquanto investidores avaliavam os mais recentes balanços do varejo e aguardavam a divulgação da ata do Federal Reserve em busca de sinais sobre cortes de juros.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +0,04%, 44.938,31 pontos
Nasdaq 100: -0,67%, 21.172,85 pontos
S&P 500: -0,24%, 6.395,78 pontos

 

Dylan Della Pasqua e Darlan de Azevedo / Safras News

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