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Bolsa fecha estável em sessão marcada por balanços e movimentos das commodities, acumula alta na semana; dólar cai

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São Paulo -A Bolsa fechou em queda de 0,01%, estável, no patamar dos 136 mil pontos. O pregão refletiu o recuo das commodities, que melhoraram no final da sessão, e os resultados corporativos do segundo trimestre de 2025 em dia de vencimento de opções sobre ações.

Soma-se a um exterior misto na expectativa com a reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, para tratar sobre a guerra na Ucrânia. Na semana, o Ibovespa subiu 0,31%.

A ação da Petrobras (PETR4) caiu 0,03% e Vale (VALE3) perdeu 0,18%. Itaú (ITUB4) registrou queda de 0,34%. Os destaques positivos ficaram para Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) avançavam, respectivamente 8,75% e 5,61%. Após a queda na abertura, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) fecharam em alta de 4,03%.

O principal índice da B3 caiu 0,01%, aos 136.340,77 pontos. Às 17h14 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em outubro tinha alta de 0,10%, aos 139.430 pontos. O giro financeiro foi de R$ 24,4 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Ricardo Leite, head de renda variável da Diagrama Investimentos, que a Bolsa reflete queda de Petrobras e Vale e impacto dos balanços.

“Estamos com uma queda moderada sob influência de commodities e balanços corporativos. O Banco do Brasil pesou, mas se recuperou no intraday. Marfrig e BRF são destaques. A Marfrig registrou lucro líquido de R$ 85,2 milhões, avanço de +13% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior com margens melhores que o esperado; e a BRF reportou lucro líquido de R$ 735 milhões, queda de 32,8% a/a, mas alinhada às projeções do mercado. O vencimento de opções sobre o Ibovespa também impacta. O mercado acompanha o encontro entre Trump e Putin”.

Charo Alves, especialista da Valor Investimentos, disse que o cenário global é de incerteza.

“O ambiente externo é de incerteza e com ausência de direção clara, todos os principais índices, inclusive o Ibovespa, andando de forma semelhante. O mercado acompanha com atenção a reunião entre Putin e Trump, prevista para 16h30 (horário de Brasília), que pode influenciar preços de commodities e expectativas sobre a postura dos EUA na economia global”. O petróleo caiu .

Para Ubirajara Silva, gestor de renda variável, disse que não tem notícia positiva para impulsionar a Bolsa em dia de vencimento de opções.

“O mercado está muito pesado em venda de bolsa e dólar, e isso faz preço. Tem bastante gringo vendendo bolsa. Todos os dias o dólar está performando melhor que o Ibovespa. Hoje é dia de vencimento de opções sobre ações, isso traz um pouco a mais de fluxo para o mercado e pode segurar um pouco o índice. Os bancos têm grande peso, e estão mistos. As commodities estão caindo. Não vejo na nada positivo para ajudar o índice”.

Em relação ao resultado do Banco do Brasil, Silva disse que “o mercado já tinha antecipado boa parte do resultado ruim. O ROE [Retorno sobre Patrimônio Líquido] veio baixo [caiu para 8,4% no 2T25, de 21,6], o mercado [está] apostando que o pior ficou para trás”.

Para Thiago Pedroso, responsável pela área de renda variável da Critera, “o resultado do Banco do Brasil veio bem ruim como esperado. O lucro caiu 66% para R$ 3,035 bilhões e o banco revisou o guidance desse ano de R$ 41 bilhões para 25 bilhões, nitidamente a atual gestão foi desastrosa e ignorou os riscos de crédito. O mercado deve manter uma visão negativa no curto prazo e confiar pouco no guidance”.

Ontem, após o fechamento, o Banco do Brasil divulgou o resultado referente a 2T25. O banco registrou lucro ajustado teve queda de 60,2% para R$ 3,78 bilhões. O lucro líquido caiu 66,1% para R$ 3,04 bi. A carteira de crédito cresceu 11,2% a R$ 1,3 trilhões e a inadimplência expandiu 1,21ponto porcentual, a 4,2%.

No câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,33%, cotado a R$ 5,3988. A moeda refletiu, ao longo da sessão, certa expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) inicie o corte dos juros na reunião de setembro. A sessão também foi marcada pela agenda doméstica esvaziada. Na semana, a moeda norte-americana teve desvalorização de 0,68%.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi. “o grande tema é o ciclo de corte de juros. Tem uma disputa de quando começa, se em setembro ou outubro. Também o debate sobre a magnitude do corte”.

Borsoi considera os dados da economia dos Estados Unidos, divulgados nesta semana inconclusivos, mas que “dialogam com um ciclo de cortes mais tardio”.

O encontro de Trump e Putin hoje no Alasca, pontua Borsoi, pode gerar “um cessar-fogo entre os dois”.

Os últimos resultados da economia brasileira, observa Borsoi, fazem com que a possibilidade de que o Comitê de Política Monetária (Copom) inicie o corte da Selic (taxa básica de juros) na reunião ganhe força: “Está em jogo”.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. Isso teve influência direta da expectativa positiva para o encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin e um possível fim da Guerra da Ucrânia.

Por volta das 16h36 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,895% de 14,890% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,920%, de 14,945%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,200%, de 13,210%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,110% de 13,140% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo misto, após o S&P atingir uma máxima histórica ontem, com investidores realizando lucros depois de uma semana forte.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o
fechamento:

Dow Jones: +0,08%, 44.946,46 pontos
Nasdaq 100: -0,40%, 21.622,98 pontos
S&P 500: -0,29%, 6.449,80 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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