A Bolsa de Mercadorias e Futuros de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira com preços acentuadamente mais altos.
As cotações avançaram com força com o mercado inicialmente atento às notícias do frio intenso sobre áreas produtoras do Brasil no final da semana. Houve relatos de temperaturas muito baixas em muitas áreas com pontuais geadas, mas sem efeitos maiores sobre as regiões cafeeiras do país.
Os preços atingiram os níveis mais elevados desde 24 de junho, assim o patamar mais alto em um mês e meio. O café acompanhou ganhos em outros mercados e subiu com preocupações com a oferta, com atenções para os efeitos do tarifaço de Trump sobre as importações do Brasil. Mas não foi só isso. Há informações de que a produção de arábica brasileira pode ser revisada para baixo por rendimentos abaixo das expectativas.
Além disso, as exportações brasileiras de café perderam força e caíram em julho, podendo ter um desempenho mais fraco também em agosto, e isso também garante suporte às cotações. A contínua queda nos estoques certificados da Bolsa de NY é outro aspecto altista trazendo a indicação de um aperto efetivo na oferta. O tarifaço de Trump no curto prazo garante sustentação fazendo com que os compradores americanos tenham de buscar alternativas, pagando naturalmente mais caro pelo café.
Os contratos com entrega em setembro/2025 fecharam a 320,70 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 11,35 centavos, ou de 3,7%. A posição dezembro/2025 fechou a 314,05 centavos, com alta de 11,60 centavos, ou de 3,8%.
Lessandro Carvalho – lessandro@safras.com.br (Safras News)
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