Porto Alegre, 8 de agosto de 2025 – O mercado brasileiro de frango registrou preços mistos no vivo e no atacado ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, no Centro-Sul do país os preços não conseguem encontrar espaço para altas.
Com isso, agentes do mercado aguardam pela regularização do fluxo de exportação, fator que ajudaria no enxugamento da disponibilidade doméstica. Neste sentido, Maia relembra que a China e União Europeia seguem com embargos na carne de frango brasileira.
“O custo da nutrição animal evolui com acomodação, refletindo o recuo do milho e do farelo registrado ao longo das últimas semanas, sendo ponto de alento. No Nordeste do país houve um cenário mais favorável para o vivo, com oferta ajustada frente a demanda existente”, disse.
No atacado, por outro lado, os cortes do frango seguiram patinando, refletindo quadro de oferta elevado. “O mercado segue aguardo avanço do fluxo de exportação, fator chave para enxugamento da oferta e formação dos preços no interior do país”, afirmou o analista. “Agentes do mercado carregam expectativas positivas para o consumo no curto prazo, considerando boa capitalização das famílias com entrada de salários, pela comemoração do Dia dos Pais no próximo final de semana e pelos preços competitivos dos cortes do frango frente a concorrentes, especialmente em relação a carne bovina”, concluiu.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito caiu de R$ 9,60 para R$ 9,45, o quilo da coxa seguiu em R$ 6,70 e o quilo da asa de R$ 10,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 9,80 para R$ 9,60, o quilo da coxa continuou em R$ 6,90 e o quilo da asa de R$ 10,60.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudanças nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve baixa de R$ 9,70 para R$ 9,55, o quilo da coxa permaneceu em R$ 6,80 e o quilo da asa de R$ 10,40. Na distribuição, o preço do peito registrou desvalorizou de R$ 9,90 para R$ 9,70, o quilo da coxa permaneceu em R$ 7,00 e o quilo da asa de R$ 10,70.
O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,75 e, em São Paulo, seguiu em R$ 5,80.
Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,70. Na integração do oeste do Paraná, a cotação permaneceu em R$ 4,80 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,75.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango ficou em R$ 5,60, em Goiás em R$ 5,70 e, no Distrito Federal, em R$ 5,75. Em Pernambuco, o quilo vivo foi de R$ 4,80 para R$ 5,80, no Ceará ficou em R$ 6,20 e, no Pará, subiu de R$ 5,50 para R$ 6,15.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 683,205 milhões em julho (23 dias úteis), com média diária de US$ 29,704 milhões. A quantidade total exportada pelo país chega a 375,982 mil toneladas, com média diária de 16,347 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.817,1.
Em relação a julho de 2024, há recuo de 17% no valor médio diário, baixa de 13,7% na quantidade média diária e baixa de 3,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
Copyright 2025 – Grupo CMA





