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RADAR DO DIA: Trump festeja enxurrada de tarifas; mudança no Fed; plano de contingência no Brasil

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. A semana termina com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorando os “bilhões de dólares de tarifas fluindo para o país”, segundo palavras do próprio presidente. Ontem entraram em vigor tarifas sobre produtos de mais de 60 países e da União Europeia.

As taxas de 50% sobre o Brasil também começaram a ser cobradas nesta semana. Já as tarifas sobre a China ainda estão suspensas, com negociações em andamento. Ambos os países concordaram em reduzir suas respectivas tarifas para 10% durante 90 dias a partir de 14 de maio. Dessa forma, a China impôs uma tarifa de 10% sobre as importações dos EUA, enquanto os EUA aplicam uma tarifa de 30% sobre as importações da China, pois a tarifa de 20% sobre o fentanil permanece vigente. Já a Índia recebeu uma tarifa adicional de 25% por suas compras de petróleo russo, elevando as tarifas combinadas impostas pelo presidente ao país para 50%.

Ontem, Trump anunciou que escolheu Stephen Miran, atual presidente do Conselho de Assessores Econômicos (CEA), para integrar o Conselho de Diretores do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) em substituição a Adriana Kugler, que renunciou na semana passada. O indicado cumprirá o restante do mandato de Kugler, que expira em 31 de janeiro de 2026. Além da vaga deixada por Kugler (que se torna oficial na sexta-feira), o mandato do atual presidente do Fed, Jerome Powell, expira em maio. Os principais cotados para o cargo incluem o atual diretor Christopher Waller, o ex-diretor Kevin Warsh e o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett.

Por falar em Fed, o JPMorgan revisou sua projeção e agora espera que o banco central norte-americano reduza as taxas de juros em 0,25 ponto percentual (pp) já em setembro, antecipando-se à previsão anterior de um corte apenas em dezembro. O banco citou sinais de fragilidade no mercado de trabalho e incertezas em torno da indicação de Miran, que pode aumentar as divisões internas no comitê de política monetária.

Analistas do JPMorgan destacam que, se Miran for confirmado antes da reunião de setembro, sua presença poderia levar a mais discordâncias nas votações, complicando o consenso sobre a política monetária. Além disso, os dados de emprego de agosto serão cruciais: uma taxa de desemprego acima de 4,4% poderia justificar um corte mais agressivo, enquanto números melhores podem fortalecer os argumentos dos membros mais preocupados com a inflação.

Em Brasília, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou ontem que o governo federal está finalizando o plano de contingência para atender empresas brasileiras impactadas pelas novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar oficialmente as medidas nos próximos dias.

Alckmin destacou que a medida é voltada especialmente para os setores mais impactados pelas tarifas. “Tem setores que produzem metade de toda sua produção para exportação”, destacou Alckmin, ressaltando a importância de medidas emergenciais para preservar empregos. O vice-presidente também reforçou que as negociações com os Estados Unidos continuam. O plano de contingência deverá incluir apoio financeiro, incentivos à diversificação de mercados e estímulos à produção nacional, além de ações diplomáticas para reverter ou mitigar as barreiras impostas por Washington.

Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que vai conversar na próxima quarta-feira com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, sobre as tarifas de 50% impostas ao Brasil pelos Estados Unidos. “Recebemos uma resposta, enfim, e temos hora e local para a conversa”, afirmou, confirmando que o encontro será virtual e que pode evoluir para novas reuniões presenciais. “Quero normalizar as relações com os Estados Unidos. Até a imposição de uma taxa de 10% eu considero inadequada para a América do Sul, que tem relação deficitária com os Estados Unidos”, disse. “Outro ponto, somos um bloco econômico. O Brasil não pode ser tratado de forma diferenciada”, destacou.

No setor corporativo, a Petrobras divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025, com lucro líquido de R$ 26,7 bilhões (US$ 4,7 bilhões), com destaque para o aumento da produção de óleo que compensou os impactos da queda de 10% no preço do Brent no trimestre. Desconsiderando eventos exclusivos, o resultado do trimestre foi de R$ 23,2 bilhões (US$ 4,1 bilhões), alcançando um patamar similar ao do trimestre anterior.

A Petrobras informou que seu Conselho de Administração aprovou, no âmbito dos elementos estratégicos do Plano Estratégico da companhia, a inclusão do posicionamento da Petrobras em distribuição nos segmentos de refino, Transporte e Comercialização (RTC) e Gás e Energias (G&E) e Baixo Carbono

A Petrobras informou que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares no valor de R$ 8,66 bilhões, equivalente a R$ 0,67192409 por ação ordinária e preferencial em circulação, como antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2025, declarada com base no balanço de 30 de junho de 2025.

A Vivara divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), com lucro líquido de R$ 151 milhões, queda de 28,4% em relação ao mesmo período do ano passado (2T24). No primeiro semestre, o lucro líquido foi de R$ 266 milhões, alta de 7,8% em comparação ao primeiro semestre de 2024 (1S24).

A Azzas 2154 divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), com lucro líquido recorrente de R$ 283 milhões, alta de 81,7% em relação ao mesmo período do ano passado (2T24). No primeiro semestre, o lucro líquido recorrente foi de R$ 401 milhões, alta de 55,6% em relação ao mesmo período do ano passado (1S24).

A Alpargatas divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), com lucro líquido de R$ 87 milhões, alta de 271,1% em relação ao mesmo período do ano passado (2T24). No primeiro semestre, o lucro líquido foi de R$ 199 milhões, alta de 314,6% em comparação ao primeiro semestre de 2024 (1S24).

A Embraer informou que seu Conselho de Administração declarou juros sobre capital próprio (JCP), referentes ao terceiro trimestre, no montante total de R$ 66,897 milhões, equivalentes a R$ 0,09119488985 por ação ordinária de emissão da companhia.

A Energisa divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), com lucro líquido ajustado recorrente de R$ 440,5 milhões, alta de 32,5% em relação ao mesmo período do ano passado (2T24). No primeiro semestre, o lucro líquido ajustado recorrente foi de R$ 830,9 milhões, queda de 23,2% em comparação ao primeiro semestre de 2024 (1S24).

A Petroreconcavo divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), com lucro líquido de R$ 238 milhões, alta de 75% em relação ao mesmo período do ano passado (2T24). No primeiro semestre, o lucro líquido foi de R$ 465 milhões, alta de 89% em comparação ao primeiro semestre
de 2024 (1S24).

A B3 divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), com lucro líquido recorrente de R$ 1,27 bilhão, alta de 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado, e alta de 13,3% em comparação ao 1T25. O lucro líquido por ação totalizou R$ 0,25, crescimento de 13,4% em relação ao segundo trimestre de 2024.

O lucro líquido ajustado do Magazine Luiza no segundo trimestre foi de R$1,8 milhão, queda de 95,3% na comparação anual. Considerando as despesas não recorrentes, o resultado líquido foi negativo em R$24,4 milhões no trimestre, ante lucro de R$ 23,6 milhões no 2T24.

A Rumo, do conglomerado Cosan, obteve lucro líquido de R$ 333 milhões no segundo trimestre de 2025, revertendo prejuízo de R$ 1,7 bilhão em comparação com igual intervalo de 2024. O lucro líquido ajustado subiu 1,4% no período, para R$ 731 milhões, permanecendo estável em relação ao mesmo período do ano anterior, mesmo diante de um cenário de juros elevados. No semestre, o lucro líquido foi de R$ 236 milhões, ante prejuízo de R$ 1,4 bilhão nos seis primeiros meses de
2024.

A Petz registrou lucro líquido contábil de R$ 23,9 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), o
que representa um crescimento de 2.820,3% em relação ao lucro de R$ 818 mil no mesmo trimestre de
2024. O lucro líquido ajustado foi de R$ 18,5 milhões no intervalo, 81,8% acima do 2T24, reflexo
da combinação de crescimento sustentável e foco em eficiência operacional.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exigiu a renúncia imediata do novo CEO da Intel,
Lip-Bu Tan, alegando que ele é altamente conflituoso devido a seus vínculos com empresas chinesas,
e levantando dúvidas sobre os planos de recuperação da icônica fabricante americana de chips. As
informações são da agência de notícias Dow Jones.

A Auren Energia reportou prejuízo líquido de R$ 562,9 milhões no segundo trimestre deste ano,
frente à perda de R$ 17,6 milhões registrada em igual período do ano passado, considerando a base
proforma, ou seja, que simula os resultados combinados de Auren e AES Brasil já integradas desde
2024.

O conselho de administração da Fleury aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio aos
acionistas. O valor total da distribuição será de R$ 169 milhões, correspondente ao valor bruto
de R$ 0,31009855773 por ação, excluídas as ações em tesouraria. O pagamento ocorrerá em 03 de
outubro.

O conselho de administração da Engie Brasil, em reunião realizada em 7 de agosto, aprovou a
distribuição de dividendos intercalares, com base nas demonstrações financeiras levantadas em 30
de junho de 2025, no valor de R$ 719,2 milhões, correspondentes a R$ 0,88143194897 por ação.

O lucro líquido da Engie Brasil retraiu 34,9% no segundo trimestre de 2025, em comparação com
igual período do ano passado, para R$ 567 milhões. O lucro líquido ajustado do 2T25 foi de R$ 564
milhões, valor 34,0% (R$ 291 milhões) abaixo do alcançado no 2T24. Os decréscimos do lucro
líquido e Ebitda refletem indenização pontual de R$ 262 milhões registrada no 2T24.

O Fleury registrou lucro líquido de R$ 152,3 milhões no segundo trimestre de 2025 em comparação
ao mesmo período do ano anterior, uma queda de 12,3%. Em todo o ano, o lucro líquido diminuiu 2,9%
e somou R$ 331,6 milhões, na mesma base de comparação.

A Eztec informa que o seu conselho de administração aprovou a declaração de dividendos
intermediários, com base no saldo da reserva de lucros estatutária denominada Reserva de
Expansão, indicado nas Informações Financeiras Trimestrais da Companhia na data-base de 30 de
junho de 2025, no montante total de R$ 66,455 milhões, correspondente a R$ 0,30466792494 por ação
ordinária, desconsiderando as ações em tesouraria.

A Eztec reportou lucro líquido de R$ 139,9 milhões no segundo trimestre de 2025, alta de 57,8% na
comparação anual e margem liquida foi positiva 31,1%. A receita líquida no período subiu 8,0% e
totalizou R$ 449,2 milhões, na mesma base de comparação.

A companhia de atacarejo Assaí reportou lucro líquido de R$ 264 milhões no segundo trimestre de
2025, um crescimento de 60% em relação ao desempenho obtido no mesmo período do ano passado. No
semestre, o lucro líquido chegou a R$ 426 milhões, avanço de 65,1% na comparação anual.

A varejista Lojas Renner reportou lucro líquido de R$ 404,5 milhões no segundo trimestre de 2025
(2T25), alta de 28,4% em relação ao mesmo período do ano passado. No semestre, o lucro líquido
cresceu 37,7% e somou R$ 625,5 milhões.

A Diretoria da ANP aprovou hoje (7/8) nova resolução que irá substituir a Resolução ANP nº
734/2018, que estabelece os requisitos necessários à autorização para o exercício da atividade
de produção de biocombustíveis.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica EMS firmaram dois acordos de parceria para a
produção de liraglutida e de semaglutida, princípios ativos de medicamentos agonistas GLP-1,
popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras.

Emerson Lopes / Safras News
Copyright 2025 – Grupo CMA

 

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