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Bolsa fecha em alta impulsionada por balanços e perspectiva de corte de juros nos EUA; dólar cai

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São Paulo -A Bolsa fechou em campo positivo pelo quarto pregão seguido, atingiu a máxima no interdiário de 137.007,28 pontos, em um clima de mais otimismo com a temporada de balanços, alta das ações de peso, e certo alívio na crise entre Brasil e Estados Unidos.

Somado a isso, a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) traz ânimo aos agentes financeiros.

Mais cedo, em evento do Porto Asset Day, o diretor de Política Monetária do BC, Nilton David, disse que o fato de o boletim Focus mostrar a inflação ainda acima da média “causa um desconforto”.

David disse “ter certeza de que o País cresceu acima do potencial, e que a missão do banco é fazer com que este crescimento seja sustentável, culminando na necessidade de juros restritivos para arrefecer a inflação”.

As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) subiram 0,70% e 0,55%. Vale (VALE3) avançou 0,63%. Suzano (SUZB3) registrou ganho de 4,88% reagindo ao resultado divulgado ontem. A empresa de celulose reverteu o prejuízo e registrou lucro de R$5 bilhões no 2T25.

O principal índice da B3 subiu 1,47%, aos 136.527,62 pontos. O giro financeiro era de R$ 23,8 bilhões. Às 17h15 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto tinha ganho de 1,34%, aos 136.795 pontos. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Felipe SantAnna, especialista em mercado financeiro do grupo Axia Investing, disse que o bom humor reflete a soma de alívio momentâneo na crise diplomática com os EUA e temporada de resultados.

“Estamos vendo bons números na maioria das empresas e papéis ainda baratos na bolsa brasileira, o que puxa o apetite pelo risco hoje. Estamos de olho no resultado das outras empresas, como Petrobras, após o fechamento. Ontem o Trump falou na Casa Branca, taxou a India por comprar petróleo russo, mas não falou nada do Brasil, o que seria um grande problema para nós, que além do petróleo, ainda compramos material para fertilizantes. Outro ponto é que crescem as apostas de um corte na taxa de juros dos EUA em setembro, o que poderia trazer ainda mais fluxo de capital para a B3”.

Gustavo Trotta, especialista e sócio da Valor Investimentos, disse que a Bolsa sobe “com apoio das ações de maior peso, de olho nos balanços do dia-Petrobras e varejistas [após fechamento do mercado] e nos desdobramentos dessa guerra tarifária. O Lula disse que não pretende impor tarifas recíprocas e mercado viu isso muito bem”.

Marcelo Boragini, especialista em renda variável da Davos Investimentos, disse que a Bolsa “está sendo guiada pela temporada de resultados, mercado espera por Petrobras e B3 e Magalu. Esse fluxo de balanços tem gerado ajuste nas expectativas dos investidores, trazendo viés mais positivo, principalmente, em relação à rentabilidade e distribuição de dividendos em um cenário de juros elevados. Também tem um ajuste técnico. A bolsa foi buscar suporte de 132 mil e já rompeu os 134 mostrando força”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,74%, cotado a R$ 5,4226. A moeda refletiu majoritariamente o ambiente externo, com o mercado aumentando as apostas de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) irá começar a cortar os juros na reunião de setembro.

Segundo a economista-chefe do Ourbank, Cristiane Quartaroli, a quinta é marcada por baixa liquidez, e que a política monetária brasileira gera atratividade, com a iminência de um possível corte dos juros nos Estados Unidos.

Para o diretor de câmbio da Ourominas, Elson Gusmão, “a valorização do real reflete a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos, com 96% de probabilidade de redução em setembro, enquanto a taxa Selic permanece em 15% ao ano, favorecendo o fluxo de capital estrangeiro via carry trade”.

“Entre os fatores que pressionam o Fed a cortar juros estão a renúncia antecipada da diretora Adriana Kugler e a fraqueza no relatório de emprego de julho. O desempenho positivo da bolsa brasileira também atrai investidores, contribuindo para a queda do dólar”, completa Gusmão.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. O movimento de hoje esteve alinhado ao exterior.

Por volta das 16h30 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,900% de 14,900% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,080%, de 14,155%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,365%, de 13,475%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,250% de 13,390% na mesma comparação. O dólar caía 0,55%, cotado a R$ 5,4329.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em direções opostas, à medida que investidores realizaram lucros após uma semana sólida até agora.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,51%, 43.968,64 pontos
Nasdaq 100: +0,35%, 21.242,70 pontos
S&P 500: -0,08%, 6.340,00 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo /Safras News

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