São Paulo, SP – O licenciamento total de veículos, que incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, cresceu 0,8% em julho, para 243.238 unidades, ante 212.932 no mesmo mês de 2024. Ante junho, o indicador cresceu 14,2%, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). De janeiro a julho, o licenciamento total de veículo cresceu 4,1% em relação ao mesmo período de 2024, chegando a 1.442.327 unidades.
Os veículos chineses alcançaram 88 mil emplacamentos no ano, 41,2% a mais do que no mesmo período de 2024, com estoques acima de 100 mil unidades no país. Em um ano, a participação de eletrificados nas vendas subiu de 6,7% para 10,9%.
Os licenciamentos de automóveis e comerciais leves cresceu 1,2% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, a 230.259 unidades. Ante junho, houve alta de 13,7%. De janeiro a julho, o licenciamento total de veículos leves cresceu 4,4% em relação ao mesmo período de 2024, chegando a 1.362.959 unidades.
As vendas de caminhões recuaram 6,6% em relação ao mesmo mês de 2024, com o emplacamento de 10.598 unidades e alta de 24,5% ante junho. De janeiro a julho, as vendas de caminhões recuaram 4,1%, fechando em 65.352 unidades.
No setor de ônibus, os emplacamentos recuara 4,4% em base anual, a 2.381 unidades. Em relação a junho, a venda de ônibus cresceu 21,3%. De janeiro a julho, as vendas de ônibus cresceram 23,5%, chegando a 14.016 unidades. Em julho, foram emplacados 160 ônibus elétricos nacionais.
EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
A receita com as exportações totais de veículos automotores e de máquinas agrícolas produzidas no Brasil somou US$ 1,265 bilhão em julho, alta de 35,4% ante o mesmo mês de 2024. Na comparação com o mês anterior, houve uma queda de 2,5%, segundo a Anfavea. De janeiro a julho, a receita com as exportações cresceram 43,9%, chegando a US$ 8,332 bilhões.
PRODUÇÃO
Em julho, foram produzidas 222.883 unidades de veículos leves no Brasil, queda de 4,2% em relação ao mesmo período de 2024. Na comparação a junho, houve alta de 16,4%, de acordo com Anfavea. A produção de veículos leve de janeiro a julho cresceu 6,3%, totalizando 1,372 milhão de unidades.
Já a produção total de veículos, que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, foi de 237.835, queda de 3,6% em comparação a julho de 2024 e 15,7% acima do mês de junho maio. De janeiro a julho, a produção total de veículos cresceu 6,1%, fechando 1,469 milhão de unidades.
EMPREGOS
A quantidade de postos de trabalho na indústria automotiva cresceu 4,4% na comparação com julho de 2024, para 109.146 posições. Em relação a junho deste ano, houve um alta de 0,4%.
CARRO SUSTENTÁVEL
Na coletiva, a Anfavea destacou a estreia do programa Carro Sustentável, que foi responsável pelo aumento de 16,7% nas vendas varejo dos automóveis inscritos, nas três primeiras semanas em vigor. “Programas de redução de imposto como este são bem-vindos pelo seu caráter ambiental, pelo maior acesso a modelos zero quilômetro e por movimentar a rede de concessionárias. Mas só melhorias na condição de crédito e a substituição de importações por produtos locais podem levar a um aquecimento mais acelerado das vendas dos nossos veículos e, por tabela, da
produção”, ressaltou o presidente da Anfavea, Igor Calvet.
PROJEÇÕES
A entidade decidiu rever suas projeções para o fechamento de 2025, feitas no final do ano passado.
A maior revisão foi nas exportações, que tinham expectativa de alta de 7,5%, mas agora têm
projeção de elevação bem maior, de 38,4% sobre 2024, totalizando 551 mil unidades. O motivo é a
surpreendente recuperação do mercado argentino, que vem demandando grandes volumes de veículos
feitos no Brasil.
Para o mercado interno, a entidade esperava uma alta de 6,3% de 2025 sobre 2024. Agora, a expectativa é de 2,765 milhões de emplacamentos no ano, o que representa um acréscimo de 5% sobre as vendas no ano anterior. Boa parte dessa revisão se deve ao segmento de caminhões, que vem perdendo tração mês a mês, sobretudo nos modelos mais pesados, voltados para transporte agrícola de longa distância. O recuo é creditado aos juros mais elevados do que se previa na virada do ano. Ônibus vivem um bom momento, mas têm menor participação no mercado total. Já
entre os veículos leves, os automóveis vivem um momento de estabilidade, enquanto os comerciais leves mantêm viés de alta.
Na somatória dos fatores, a grande alta das exportações compensa a leve queda na previsão de vendas, fazendo com que a Anfavea mantenha a expectativa de uma produção de 2,749 milhões de unidades no ano, uma evolução de 7,8% sobre o volume produzido em 2024. “Apesar dos juros elevados e de um ingresso acima do razoável de produtos importados, precisamos continuar recuperando os volumes de produção, o que gera ganhos e empregos a toda a extensa cadeia automotiva, afirmou Calvet.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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