São Paulo, SP – A RD Saúde divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), com lucro líquido ajustado de R$ 402,7 milhões, alta de 12,9% em relação ao mesmo período do ano passado (2T24). O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 885 milhões, alta de 7,5% em relação ao 2T24. Nas operações de varejo, o Ebitda ajustado foi de R$ 862,9 milhões. A margem foi de 8%, uma contração de 0,5 pp, principalmente advinda da pressão de 0,4 pp na margem bruta em função do menor ganho de pré-alta vs. 2024.
A margem Ebitda chegou a 7,6%, queda de 0,3 ponto percentual em relação ao 2T24. O fluxo de caixa livre terminou o primeiro semestre positivo em R$ 36,9 milhões e um consumo total de caixa de R$ 357,2 milhões. Os recursos das operações totalizaram R$ 593,4 milhões, equivalentes a 5,1% da receita bruta. O consumo de capital de giro foi de R$ 240,8 milhões, gerando um fluxo de caixa operacional de R$ 352,5 milhões.
A receita bruta foi de R$ 11,6 bilhões, alta de 12% em relação ao 2T24. Nas operações de varejo, o crescimento foi de 13,1%, enquanto a 4Bio cresceu 0,2%, em linha com a estratégia de priorizar sua rentabilidade. No trimestre, estimamos um impacto calendário negativo de -0,8 pp, principalmente em função da Páscoa de 2024 que ocorreu em março.
A companhia encerrou 2T25 com um total de 3.371 farmácias em operação, inaugurando 70 novas unidades e encerrando nenhuma no trimestre. Nos últimos 12 meses, foram inauguradas 313 novas farmácias, e o guidance para 2025 foi mantido, com previsão de 330350 aberturas brutas. Dos 18 encerramentos realizados nos últimos 12 meses, 4 ocorreram durante o processo de maturação, equivalente a apenas 1,3% das 313 aberturas do período, resultado da assertividade do processo de expansão orgânica da rede. Já os outros 14 encerramentos foram de unidades maduras, com média de 15 anos de operação, resultantes da otimização do portfólio, transferindo vendas para outras farmácias próximas, liberando ativos para realocação e reduzindo custos fixos, aumentando assim tanto o Ebitda quanto o ROIC da companhia.
A companhia encerrou o 2T25 com uma dívida líquida ajustada de R$ 3,938 bilhões, correspondente a um índice de alavancagem de 1,3x o EBITDA ajustado dos últimos 12 meses, em linha com o mesmo período do ano anterior. A dívida líquida ajustada leva em consideração R$ 761,2 milhões em recebíveis descontados, R$ 13,2 milhões em antecipações a fornecedores e R$ 14,4 milhões em obrigações relacionadas a opções de compra/venda de participações remanescentes em empresas investidas. Ao final do trimestre, o endividamento bruto totalizou R$ 3,702 bilhões, dos quais 97% correspondem à emissão de Debêntures e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e 3% à outras linhas de crédito. Do endividamento total, 75% é de longo prazo e 25% de curto prazo. A empresa encerrou o trimestre com uma posição de caixa total (caixa e aplicações financeiras) de R$ 527 milhões.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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