São Paulo, SP – A CSN divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), com prejuízo líquido de R$ 130,4 milhões, reduzindo assim o prejuízo de R$ 223 milhões registrado no mesmo período do ano passado (2T24). Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o prejuízo líquido recuou 82,2%, refletindo não apenas o avanço do resultado operacional, mas também o impacto positivo da reversão de contingência e das operações com hedge de minério.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 2,643 bilhões, queda de 0,1% em relação ao 2T24. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o Ebitda ajustado cresceu 5,3%. A margem Ebitda chegou a 23,5%, alta de 0,3 ponto percentual em relação ao 2T25. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a margem Ebitda cresceu 1,4 ponto percentual.
Segundo a companhia, essa melhora na rentabilidade é resultado direto da sazonalidade, com os efeitos positivos da maior atividade comercial do período e da gestão dos negócios ao conseguir compensar a queda do preço do minério e a pressão com o material importado na siderurgia com uma política comercial assertiva e um ritmo produtivo cada vez mais robusto e eficiente.
“Ao se comparar o EBITDA acumulado do primeiro semestre de 2025 com o do mesmo período de 2024, percebe-se um resultado 11,7% superior, o que mostra que a Companhia tem conseguido, mesmo perante as adversidades, mostrar resultados crescentes, pavimentando o caminho para a entrega de um EBITDA mais forte neste ano”, ressaltou a CSN.
A receita líquida totalizou R$ 10,6 bilhões, o que representa uma queda de apenas 2% quando comparado com o trimestre anterior e com o mesmo período de 2024, e reflete basicamente a queda no preço do minério que acabou por compensar não apenas a melhora operacional verificada na mineração, mas também o crescimento de receita dos demais segmentos do grupo.
No 2T25, o Custo dos Produtos Vendidos(CPV) totalizou R$ 7.967,2 milhões, o que representa uma redução de 4,9% em relação ao verificado no trimestre anterior, refletindo o menor volume de aço comercializado no trimestre, além de menores pressões com matéria-prima na siderurgia. Quando comparado com o 2T24, observa-se pequena alta de 0,9%, em razão de uma maior depreciação verificada no período.
No primeiro semestre de 2025, a dívida líquida consolidada atingiu R$ 35.665 milhões, com o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA LTM alcançando 3,24x, o que representa uma redução de 9 pontos base em relação ao trimestre anterior, mesmo considerando a incorporação da Tora, o que demonstra que a Companhia tem conseguido aliar uma eficiente gestão de caixa com resultados operacionais bastantes sólidos ao maximizar volumes com controles de custos e aumento de eficiência.
A Produção de Minério de Ferro (incluindo compras de terceiros) atingiu o volume de 11.602 mil toneladas no 2T25, o que representa um novo recorde histórico para a Companhia e corresponde a um crescimento trimestral de 13,6% ou 11,3% quando comparado ao mesmo período de 2024. Esse excelente resultado reflete não apenas o período mais seco característico do trimestre, mas também toda a eficiência operacional que a Companhia tem conseguido atingir ao longo dos últimos meses na mina e em toda a cadeia logística. Ao encerrar o primeiro semestre com mais de 21,8 milhões de toneladas produzidas, a Companhia segue bem-posicionada e confiante para atingir seu guidance de produção e compras para o ano, estipulado em um intervalo de 42-43,5 Mton.
CSN MINERAÇÃO
A CSN Mineração fechou o segundo trimestre de 2025 (2T25) com lucro líquido de R$ 115 milhões, bem abaixo do lucro líquido reportado no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 1,5 bilhão. Por outro lado, a companhia reverteu o prejuízo líquido de R$ 357,2 milhões registrado no primeiro trimestre deste ano.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 1,268 bilhão, com uma margem Ebitda ajustada de 37,2%, o que representa uma redução de 4,6 p.p. e 11,5 p.p. quando comparado com o 1T25 e 2T24, respectivamente.
Segundo a companhia, essa menor rentabilidade reflete, exclusivamente, a queda no preço do minério que foi impactado ao longo do trimestre pelas expectativas de uma redução mais rápida de demanda por parte da China também associado às disputas tarifárias dos EUA com o mundo. “Essa situação foi parcialmente compensada pelo excelente resultado operacional conquistado, com recordes de produção (incluindo compra de terceiros), eficiência no sistema logístico e sólido controle de custos. No acumulado do ano, o Ebitda ajustado da companhia foi de R$ 2,7 bilhões, com uma margem Ebitda ajustada de 39,5%”, explicou a empresa.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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