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Bolsa fecha em queda sob impacto das tarifas e aprovação de Lula; dólar sobe

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São Paulo – Bolsa fechou em queda com os investidores ainda avaliando o impacto das tarifas nas empresas, e o tom é de cautela. A melhora na aprovação do presidente Lula também foi mais um ponto de atenção do mercado. No mês, o Ibovespa acumulou perdas de 4,16%.

Os investidores aguardam pelo balanço da Vale, após o fechamento do mercado. As ações da mineradora fecharam em queda de 0,70%.

Segundo a pesquisa mostrou que a aprovação do presidente passou de 49,7% no início do mês de julho para 50,2% no final do mês, e a desaprovação caiu de 50,3% para 49,7%. A avaliação do governo petista também tem melhora. Os que avaliam a gestão como boa ou ótima passou de 43,4% para 46,6%, e os que consideram péssima ou ruim passou de 49,4% para 48,2%. Foram ouvidas 7.334 pessoas de 25 a 28 de julho com margem de erro de 1 ponto porcentual.

O principal índice da B3 caiu 0,68%, aos 133.071,05 pontos. O giro financeiro era de R$ 21,3 bilhões. Às 17h15 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto recuava 0,70%, aos 133.595 pontos. Em Nova York, os índices fecharam em queda.

Felipe SantAnna, especialista em mercado financeiro do grupo Axia Investing, explicou que o Ibovespa operou todo o dia no negativo “ainda tentando projetar os impactos das tarifas nas nossas empresas, a melhora da popularidade do Lula parece ser apenas por conta da propaganda do governo em torno da disputa com os americanos e o “novo inimigo nacional” criado pela já conhecida estratégia do PT de governar, o nós contra eles. O Brasil está no seu eterno limbo, não consegue criar um ambiente forte para que o investidor fique e não cai com maior intensidade porque ainda tem empresas sólidas e resilientes. A cautela é total, nem as empresas que escaparam podem ser consideradas como investimento tranquilo, já que tudo pode mudar rapidamente. As tarifas começas efetivamente em agosto, e a resposta do Brasil ao Trump é muito aguardada por nós, para tomarmos as próximas decisões na bolsa”.

Josias Bento, especialista em investimentos e sócio da GT Capital, disse que a sessão de hoje “ainda foi fortemente influenciada por notícias da imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos EUA, que segue gerando incertezas e afetando expectativas dos investidores. A tensão diplomática crescente com os EUA também não ajuda. Com isso, o mercado adota um tom mais cauteloso à espera de alguma notícia mais positiva para inverter o ânimo”.

Rodrigo Moliterno head de renda variável da Veedha Investimentos, disse que o mercado reage as tarifas decisão do Copom.

“Ontem a gente teve um momento de euforia com [algumas] isenções [de tarifas para alguns produtos brasileiros], e hoje o mercado tenta entender melhor juntamente com o comunicado do Copom. Apesar de ele [o Copom] ter sinalizado que já chegou no topo [de alta], continua mostrando preocupação e acompanha os cenários [externo principalmente com as tarifas], o que deixa o mercado mais receoso. Na temporada de balanços, vemos alguns resultados positivos, como do Bradesco. A politização ainda está muito em evidência. O mercado realiza um pouco com a leve melhora na avaliação do Lula, e após o movimento de alta da véspera”.

Um gestor de investimentos do mercado financeiro disse que a pesquisa sobre a aprovação do Lula “foi mal recebida pelo mercado, apesar de já ser esperada essa melhora. A eleição de 2026 vai ser difícil”.

Thiago Pedroso, sócio na Critera Investimentos e assessor de investimentos disse que o Ibovespa cai após leve melhora de Lula nas pesquisas da AtlasIntel.

“Apesar do avanço, a rejeição do presidente segue elevada. O dado mais curioso talvez seja a resiliência de Tarcísio [se a disputa fosse com Tarcísio, Lula teria 48,5% e Tarcísio 33%], que continua competitivo mesmo sendo menos conhecido nacionalmente. Claramente a eleição vai ser bastante acirrada. A melhora de Lula onde importa foi marginal, e por ora, não altera o quadro geral”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,21%, cotado a R$ 5,6001. A moeda refletiu majoritariamente a pesquisa Atlas Intel/Bloomberg, que mostrou que a popularidade de Lula subiu a 50,2%. No mês, a divisa estadunidense teve valorização de 3,07%.

Segundo o analista da Potenza Capital Bruno Komura, “o mercado está bem atento ao crescimento da popularidade do Lula. Temos um cenário de eleição super apertada”.

Komura acredita que, por ora, não existem gatilhos que façam o dólar voltar ao patamar de R$ 5,40: “Isso talvez ocorra caso o Fed comece a cortar os juros na reunião de setembro”, opina.

“O mercado agora deve esperar pelo restante dos dados que saem esta semana”, acrescenta Komura, referindo-se ao payroll e PCE.

“Ontem, Trump assinou decreto que implementa uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, mas incluiu uma série de itens na lista de isenções da sobretaxa. O decreto isenta produtos importantes como suco de laranja, celulose e aviões da Embraer, por exemplo. Para estes produtos, a tarifa de importação aplicada segue em 10%”, contextualiza a Ajax Asset.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta. O driver de hoje foi o resultado da pesquisa da AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, que trouxe uma melhora na aprovação do presidente Lula em julho.

Por volta das 16h29 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,920% de 14,915% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,355%, de 14,225%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,680%, de 13,515%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,575% de 13,415% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo negativo, enquanto os investidores avaliavam o mais recente anúncio do presidente Donald Trump de que imporá uma tarifa de 25% sobre produtos importados da India a partir de agosto.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,74%, 44.130,98 pontos
Nasdaq 100: -0,03%, 21.122,45 pontos
S&P 500: -0,37%, 6.339,39 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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