Porto Alegre, 25 de julho de 2025 – As cotações internacionais do café robusta atingiram os patamares mais baixos em 16 meses ao longo desta semana. Na ICE Futures Europe (Bolsa de Londres), balizadora do mercado futuro de café robusta, a posição setembro caiu para 3.166 dólares por tonelada na última terça-feira (22), nível mais baixo desde março de 2024.
Segundo analistas, a colheita nos principais países produtores, Brasil e Indonésia, e segundo e terceiro maiores exportadores de café robusta do mundo, está progredindo bem e não há riscos climáticos no horizonte. Por outro lado, comerciantes disseram que a recente queda nos preços desacelerou as vendas, principalmente no Vietnã, maior produtor de robusta. Mas, de uma forma geral, a oferta global está atualmente ampla, impulsionada pelas safras recém-colhidas do Brasil e da Indonésia.
Já no Brasil, a colheita da safra 2025/26 de cafél se encaminha para o final, com o clima seco da última semana acelerando os trabalhos.
Segundo levantamento da SAFRAS & Mercado, até o dia 23 de julho, 84% da safra já havia sido colhida, o que representa um avanço de 7 pontos percentuais em relação à semana anterior. O ritmo segue bastante acelerado, superando o registrado no mesmo período do ano passado (81%) e da média dos últimos cinco anos (2020 – 2025), que é de 77% para esta época do ano.
A colheita do café canéfora (conilon/robusta) entra no seu final, com 96% da safra colhida. Os trabalhos seguem adiantados, mesmo com a chuvas das últimas semanas, superando igual período do ano passado (95%) e também acima da média dos últimos cinco anos, de 93%.
Apesar de alguns registros de perdas, o cenário segue bastante positivo para a produção de conilon/robusta brasileiro esse ano, confirmando perspectivas iniciais, segundo o consultor de Safras, Gil Barabach.
No caso do arábica, a colheita mantém bom ritmo, com 76% da produção já colhida um avanço de 9 pontos percentuais em relação à semana anterior. O andamento está à frente do registrado no mesmo período de 2024 (75%) e segue acima da média dos últimos cinco anos, de 69% para esta época do ano.
Há relatos de aumento na oferta de cafés com bebida mais fraca em Minas Gerais, em razão da umidade mais elevada neste ano, além de rendimentos abaixo do esperado nesta segunda metade da colheita, especialmente na Mogiana e no Sul de Minas, completou Barabach.
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Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Safras News
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