São Paulo, SP – As vendas de aços planos em junho contabilizaram queda de 7,3% sobre o mesmo mês de 2024, atingindo o montante de 313,8 mil toneladas, segundo dados apresentados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira. Em relação a maio, quando foram vendidas 328,9 mil toneladas, houve queda de 4,6%. De janeiro a junho, as vendas de aços planos ficaram estáveis em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 1,933 milhão de toneladas.
Em junho de 2025, as compras de aços planos registraram queda de 12,1% perante ao mesmo mês de 2024, com volume total de 310,1 mil toneladas contra 352,9 mil toneladas registrado em junho de 2024. Frente a maio, as compras recuaram 8,7% em relação aos 339,5 mil toneladas de maio de 2025. De janeiro a junho, as compras de aços planos cresceram 0,2% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 1,988 milhão de toneladas.
Em número absoluto, o estoque de junho obteve queda de 0,3% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 1.068,2 mil toneladas contra 1.071,9 mil. O giro de estoque fechou em 3,4 meses.
As importações encerraram o mês de junho com queda de 11,2% em relação ao mês anterior, com volume total de 371,3 mil toneladas contra 417,9 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (211,2 mil ton.), as importações registraram alta de 75,8%.
De janeiro a junho, as importações cresceram 46,5%, atingindo o montante de 1,878 milhão de toneladas. Deste volume, 70,4% são procedentes da China, chegando a 1,397 milhão toneladas.
O presidente do Inda, Carlos Jorge Loureiro, destacou o alto volume dos estoques nas mãos dos importadores, o que exerce uma competição grande e desigual para os fabricantes brasileiros. “Não há perspectiva de melhora. O porto de São Francisco do Sul tem cerca de 900 mil toneladas aguardando a liberação, além de 300 mil toneladas já armazenadas, totalizando 1,2 milhão de toneladas. Em 2025, deveremos ter um volume recorde de importação. Atualmente, 32% do aço fornecido aos distribuidores e consumidores finais são importados, e deve manter o ritmo alto diante da queda do dólar, que acaba estimulando os importadores”, apontou Loureiro.
PROJEÇÕES
Para julho de 2025, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma alta de
5% em relação a junho.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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