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RADAR DO DIA: EUA e Japão fecham acordo comercial; Powell na berlinda; Orçamento no Brasil

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São Paulo, SP – Os índices futuros americano e as bolsas europeias abriram em queda. Os Estados Unidos e o Japão fecharam um novo acordo comercial, anunciado pelo presidente Donald Trump em uma postagem nas redes sociais na noite de ontem. Segundo Trump, as tarifas recíprocas sobre produtos japoneses serão fixadas em 15%, um valor inferior aos 25% que haviam sido previamente ameaçados. Esse compromisso ocorre após meses de negociações tensas, especialmente devido à importância do setor automotivo japonês e o risco de sanções mais severas às exportações do país asiático.

Por outro lado, a União Europeia está pronta para impor rapidamente tarifas de 30% sobre cerca de 100 bilhões de euros em produtos americanos, caso não seja alcançado um acordo comercial com os EUA, que ameaça de aplicar tarifas semelhantes sobre a maioria das exportações do bloco europeu a partir de 1º de agosto. Segundo informações de fontes próximas ao assunto, divulgadas pela Bloomberg, essa medida faz parte de uma estratégia de retaliação diante do agravamento das tensões comerciais entre as duas potências econômicas.

A expectativa agora é pelo desfecho das conversas entre Washington e Bruxelas. Caso não haja acordo até o início de agosto, as trocas comerciais entre as duas regiões deverão ser significativamente afetadas, com potenciais prejuízos para setores-chave da indústria dos EUA e impactos em toda a cadeia global de produção e exportação.

Ontem, o presidente Trump voltou a criticar o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, chamando-o de ‘cabeça dura’ por manter as taxas de juros elevadas por tempo demais. Durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, ao lado do presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., Trump afirmou: ‘Acho que ele fez um trabalho ruim, mas de qualquer forma ele vai sair em breve. Em oito meses, ele estará fora do cargo’.

Apesar da declaração de Trump, o mandato de Jerome Powell como presidente do Fed vai oficialmente até 15 de maio de 2026, e o próprio Powell repetidamente já afirmou que não pretende deixar o cargo antes do término do seu período. O prazo de oito meses mencionado por Trump se encerra em meados de março, mas não ficou claro o motivo dessa referência temporal. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, saiu em defesa de Powell, afirmando que não vê motivos para que Powell deixe o cargo antes do fim de seu mandato.

Por aqui, ontem, anunciou que o Orçamento de 2025 terá R$ 20,6 bilhões liberados, após a manutenção parcial do decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O valor consta do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento enviado ao Congresso a cada dois meses que orienta a execução do Orçamento. Em maio, o governo tinha congelado R$ 31,3 bilhões do Orçamento. Com a decisão, o volume de recursos congelados cai para R$ 10,6 bilhões.

Todo o dinheiro liberado vem das verbas que estavam contingenciadas, bloqueadas temporariamente para cumprir a meta de resultado primário. Embora a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 estabeleça meta de resultado primário zero (nem déficit nem superávit), a equipe econômica considerou o limite inferior de tolerância, que permite déficit de R$ 31 bilhões para este ano. Apesar de liberar os recursos, o governo bloqueou R$ 100 milhões de gastos discricionários (não obrigatórios) para cumprir o limite de gastos do arcabouço fiscal, que prevê crescimento dos gastos até 2,5% acima da inflação para este ano. O volume de recursos bloqueados no Orçamento aumentou de R$ 10,6 bilhões para R$ 10,7 bilhões.

Para justificar o descontingenciamento, o relatório elevou em R$ 27,1 bilhões a previsão de receitas líquidas (receitas federais, descontadas as transferências obrigatórias para estados e municípios). A previsão de gastos subiu R$ 5 bilhões. Com a combinação da elevação de receitas e de despesas, a estimativa de déficit primário em 2025 caiu de R$ 97 bilhões para R$ 74,1 bilhões. Esse valor considera gastos fora do arcabouço fiscal, como precatórios e créditos
extraordinários. Ao considerar apenas as despesas dentro do arcabouço fiscal, a previsão de déficit primário cai de R$ 51,7 bilhões para R$ 26,3 bilhões.

No setor corporativo, a B3 informou que as ferramentas para negociação de grandes lotes (também chamadas de block trades) bateram recordes históricos em 2025. Ao todo, até a primeira quinzena de julho, a bolsa do Brasil intermediou a negociação de R$ 9,2 bilhões nas soluções, comparados a R$6,5 bilhões durante todo o ano de 2024.

A Neoenergia divulgou os resultados financeiros e operacionais do segundo trimestre e do primeiro semestre de 2025. O lucro verificado foi de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre, e de R$ 2,6 bilhões no primeiro semestre, com alta em relação aos mesmos períodos de 2024 de 100% e 36%, respectivamente. Esse desempenho se deve ao impacto positivo de R$ 869 milhões de efeitos tributários não recorrentes.

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, reduziu a multa que tinha sido aplicada à empresa de energia Raízen, dona da marca de postos de distribuição de combustíveis Shell Brasil, por descumprir ordem judicial para retirar equipamentos de um terreno alugado e reparar os danos ambientais causados pelo funcionamento de um posto de combustíveis no local. Em liquidação de sentença, a multa diária por descumprimento das obrigações determinadas judicialmente chegou ao valor acumulado de mais de R$ 23 milhões, o qual foi posteriormente reduzido para R$ 5 milhões pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). A
corte estadual considerou excessivo o valor inicial.

A produção de minério de ferro da Vale subiu 3,7% no segundo trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior, para 83,6 milhões de toneladas (Mt), principalmente devido ao forte desempenho da planta de Brucutu, com o comissionamento da quarta linha de processamento, e a um novo recorde de produção para um 2T no S11D.

A WEG divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), com lucro líquido de R$ 1,59 bilhão, alta de 10,4% em relação ao mesmo período do ano passado (2T24). No primeiro semestre, o lucro líquido foi de R$ 3,13 bilhões, alta de 13,2% em comparação ao primeiro semestre de 2024 (1S24). O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 2,260 bilhões, alta de 6,5% em relação ao 2T24. No primeiro semestre, o Ebitda foi de R$ 2,25 bilhões, alta de 13,9% em comparação ao 1S24.

A Sabesp informou que os principais destaques após um ano da sua privatização foram R$ 35 bilhões de backlog em 542 projetos contratados até 2029; R$ 10,6 bilhões em investimentos desde a privatização, sendo R$ 6,5 bilhões no primeiro semestre de 2025 (aumento anual de 137%; 7.500 empregos diretos gerado apenas na frente de obras até o momento; e dados de universalização. Os dados são preliminares, não auditados e estão sujeitos a revisão até a data de divulgação dos resultados oficiais, prevista para 11 de agosto (após o fechamento do mercado).

A Gol informou que a B3 concedeu, em caráter extraordinário, o prazo automático para reenquadramento do seu free float até 18 de janeiro de 2027, como consequência da conclusão do aumento do capital social da companhia.

A Justiça Federal em Minas Gerais concedeu liminar que suspende cláusulas de contrato dos escritórios que representam pessoas atingidas no rompimento da barragem de rejeitos da Samarco Mineração S.A. em Mariana (MG) em 2015. A 13 Vara Federal Cível de Belo Horizonte entendeu que as práticas são “abusivas e atendeu à demanda do Ministério Público Federal (MPF).

O Banco do Brasil informou que Gilson Alceu Bittencourt foi indicado para ocupar o cargo de Vice-Presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar, em substituição a Luiz Gustavo Braz Lage, que continuará exercendo suas funções regularmente até a investidura do indicado. Atualmente, Bittencourt é subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda, e membro do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e do Conselho de Administração da Livelo. O banco informou que o processo de elegibilidade encontra-se em trâmite nas instâncias competentes de governança para posterior eleição pelo conselho de administração.

A Weg aprovou a distribuição de dividendos intermediários no valor total de R$ 719,3 milhões correspondente a R$ 0,1714503823 por ação, aos titulares de ações escriturais em 25 de julho. O pagamento do dividendo intermediário, bem como dos JCP declarados em março e junho, ocorrerá em 13 de agosto.

O conselho de administração da TIM aprovou a distribuição de R$ 320 milhões a título de juros sobre o capital próprio (JCP), correspondentes ao valor bruto por ação de R$ 0,1323151001. O pagamento ocorrerá até o dia 21 de outubro aos acionistas posicionados até 25 de julho.

A Allos informou que houve alteração do número de ações em tesouraria em função do programa de recompra de ações e, dessa forma, o valor bruto final dos dividendos intermediários a ser pago no dia 4 de agosto passou a ser R$0,102164321 por ação.

A Echoenergia, empresa do Grupo Equatorial, fechou um novo contrato de autoprodução de energia, com a Paraibunas Embalagens. A parceria envolve a entrada da Paraibunas como sócia no parque solar Sertão Solar Barreiras XXI, localizado em Barreiras, na Bahia. Com 50 MW de capacidade instalada, o Sertão Solar é operado pela Echoenergia e tem foco em fornecer energia renovável para grandes consumidores no mercado livre, por meio de soluções estruturadas de autoprodução.

O Itaú BBA divulgou estimativas otimistas para a Vale, mesmo em um cenário desafiador diante da intensificação da guerra comercial. Enquanto os investidores aguardavam a apresentação do relatório de produção e vendas da mineradora, divulgado pela Vale após o fechamento do pregão desta terça-feira, os analistas do Itaú BBA sugerem que a empresa está em uma posição operacional e estratégica diferente em comparação com seus pares australianos no setor de minério de ferro e, olhando para o futuro, acreditam que a Vale está bem posicionada para melhorias operacionais, incluindo crescimento de volume e custos mais baixos, o que pode impulsionar a geração de fluxo de caixa livre e reduzir a diferença de valor em relação aos seus pares.

A BRF divulgou posicionamento sobre a liminar obtida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) na Justiça do Trabalho de Marau contra a companhia, que obriga a empresa a adequar as condições de trabalho relacionadas à movimentação manual de cargas em Marau (RS). A decisão estabelece prazos para o cumprimento das obrigações, sob pena de multa. A BRF informa que, até o presente momento, não foi notificada.

Emerson Lopes / Safras News
Copyright 2024 – Grupo CMA

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