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Bolsa fecha queda e dólar em alta com mercado apreensivo sobre possível acirramento da crise entre Brasil e EUA

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São Paulo -A Bolsa fechou em queda em dia forte aversão ao risco, oscilou entre a mínima de 133.295,60 pontos e a máxima de 135.562,46 pontos, refletindo a apreensão do mercado diante de um possível acirramento da crise entre o Brasil e Donald Trump, após a medida tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, contra Jair Bolsonaro. Na semana, o Ibovespa caiu 2,06%. Menos de 15 ações subiram.

Mais cedo, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente, Jair Bolsonaro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Foram apreendidos pen-drive que estava no banheiro, US$ 14 mil e cópia de uma ação contra Alexandre de Moraes.

O principal índice da B3 caiu 1,61%, aos 133.381,58 pontos. O giro financeiro foi de R$ 26,1 bilhões. Em Nova York, as bolsas fecharam mistas. Às 17h18 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto perdia 1,74%, aos 134.700 pontos.

Max Bohm, estrategista de ações da Nomos, disse que o estresse do mercado é a incerteza de como será a relação entre Trump e o Judiciário. “Com o STF querendo confrontar o Trump [ontem, Trump publicou uma carta endereçada a Bolsonaro dando apoio ao ex-presidente e criticando a justiça brasileira] desagrada o mercado. A questão institucional e hoje é sexta-feira, o investidor desmonta posição. Já saíram mais de R$ 4 bilhões da B3 [este mês]”.

Na próxima semana, começa a temporada de balanços. O mercado deve focar nos resultados e será positivo para sair um pouco desse cenário político, disse Bohm.

Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital, disse que o tom de percepção de risco é político e geopolítico.

“A operação da PF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro aumentou a tensão nos mercados, principalmente, pelo receio do impacto disso nas relações com os Estados Unidos, considerando o momento delicado com a questão tarifária imposta pelo Trump. O risco é o presidente americano reagir. Há um temor real de que Trump use a situação para justificar uma escalada tarifária contra o Brasil. E isso pega direto nos setores mais exportadores como agronegócio, aviação e manufatura. Além disso, hoje foi dia de vencimento de opções e com movimento natural de busca de proteção, realização de lucros e redução de exposição ao risco Brasil”.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, disse que o mercado fica preocupado se houver uma escalada da tensão entre o Brasil e Estados Unidos.

“Isso é um risco, mas temos de entender se vai ter mesmo [essa escalda]. Não se sabe o que esperar de uma eventual negociação entre os países. É preciso ver o que [Trump] está querendo, se está usando essa questão política como pretexto ou se realmente está com esse viés. Pode ser que esteja mais preocupado com as empresas americanas. Se tiver viés político, vamos ver uma escalada e isso vai se pior. Ainda existe essa dúvida. O aumento de incerteza e a falta de visibilidade provocam saída de capital. Para os recursos virem pra cá, é preciso ter algum tipo de gatilho, e por enquanto não tem nada no curto prazo. Qualquer informação nova pode mudar as perspectivas, isso pode vir por uma postagem nas redes sociais. O mercado acaba cobrando um prêmio de risco por essas incertezas”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,75%, cotado a 5,5886. A moeda refletiu, ao longo da sessão, os imbróglios comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Na semana, a moeda estadunidense teve valorização de 3,03%.

Para o economista do Valor Ian Lopes, enquanto o mercado não tiver mais clareza dos próximos capítulos da guerra comercial deflagrada pelos Estados Unidos, o cenário deve permanecer de cautela, gerando volatilidade ao câmbio: “Todas estas incertezas fazem com que o mercado caia e o dólar suba”, avalia.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, disse que o dólar acompanha o movimento global.

“Vemos otimismo forte lá fora, com DXY caindo e treasuries fechando. O dólar acompanha o movimento global. Apesar de ver o estrangeiro sair da bolsa, há um atrativo muito grande para renda fixa ainda mais com a abertura de curva de juros. No geral, os investidores estão procurando se diversificar, com redução em Estados Unidos e procurando alternativas. Eles estão mais avessos ao macro e com foco no micro. O otimismo fica mais forte no micro, nas empresas, com as teses de Inteligência Artificial. Vamos ter boas perspectivas para os resultados das companhias como Meta Alphabet, Amazon. O cenário de incerteza em relação às tarifas fica no radar”.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta. O movimento de hoje teve relação direta com o imbróglio comercial entre Brasil e Estados Unidos.

Por volta das 16h39 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,955% de 14,945% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,375%, de 14,345%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,740%, de 13,700%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,655% de 13,620% na mesma comparação.

Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo misto, depois de uma reportagem afirmar que o presidente Donald Trump teria pressionado por tarifas mais altas sobre a União Europeia.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,32%, 44.341,91 pontos
Nasdaq 100: +0,05%, 20.895,66 pontos
S&P 500: -0,01%, 6.296,79 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo /Safras News

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