São Paulo, SP – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou nesta semana, na reunião ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), os resultados das projeções para o atendimento energético até o final de dezembro de 2025.
Os dados mais recentes demonstram que houve melhora nos indicadores hidroenergéticos na região Sul, com expectativa positiva nos armazenamentos ao longo do período seco. A partir da condição hidroenergética favorável prevista para o Sul e Baixo Paraná com a disponibilização de recurso termelétrico, através da aprovação e extensão de CVU para operação merchant, a prospecção do atendimento de potência mostrou-se mais propícia, porém ainda permanecendo a indicação de geração térmica adicional em todo período de estudo e de esgotamento deste recurso nos meses de novembro e dezembro.
Durante a reunião, deliberou-se que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deveria tomar as medidas necessárias para viabilizar o uso das térmicas Luiz Oscar Rodrigues de Melo e Porto do Sergipe I, com flexibilidade operativa para atendimento aos horários de ponta de carga do sistema, durante o período seco.
Na oportunidade, o Operador também recomendou monitorar o abastecimento de gás; antecipar a entrada da Linha de Transmissão de 500 kV Terminal Rio-Lagos, prevista para outubro de 2025; e considerar o despacho térmico de usinas GNL sem necessidade de antecedência de 60 dias.
Outro ponto destacado na reunião foi de que as defluências nas usinas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera deverão permanecer em torno de seus valores mínimos até que haja necessidade de elevação da geração nestas usinas hidrelétricas para suprir a necessidade de potência nesta época do ano.
“Uma vez que esteja viabilizado o despacho das térmicas Luiz Oscar Rodrigues de Melo e Porto do Sergipe I ganharemos mais flexibilidade na operação. Somando a isso, outra estratégia já aprovada pelo CMSE anteriormente, é a disponibilização das usinas termelétricas vencedoras do leilão de reserva de capacidade de 2021, que estarão aptas a gerar já no próximo mês”, afirmou o diretor-geral do ONS, Marcio Rea.
SEGUNDO SEMESTRE
As projeções de afluência no período de julho a dezembro estão abaixo da Média de Longo Termo (MLT), tanto no cenário inferior (73% da MLT), como no superior (98% da MLT). O cenário geral se mantém como pleno atendimento, no entanto, requerendo constante monitoramento ao longo do período seco. O quadro a seguir detalha os resultados dos estudos prospectivos até 31 de dezembro de 2025, para os cenários inferior e superior de afluências.
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