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Após sequência de quedas, Bolsa fecha em leve alta em pregão volátil com tarifas no foco do mercado, dólar sobe

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São Paulo -A Bolsa fechou em leve alta, rompeu a sequência de quedas, em mais um pregão volátil, variou entre a mínima de 134.265,30 pontos e a máxima de 135.640,67 pontos, com o mercado observando as movimentações do governo brasileiro e do empresariado para negociação com os Estados Unidos sobre a questão tarifária.

O impasse do IOF segue no foco do mercado depois que o Congresso e governo não chegaram a um acordo sobre o imposto.

Mais cedo, o governo do presidente Lula enviou uma carta aos Estados Unidos mostrando indignação sobre o tarifaço de Trump e que está aberto a negociações. No dia 16 de maio, o governo enviou uma carta confidencial aos Estados Unidos e cobrou resposta. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comercio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, disse que “a nossa disposição é rever a questão tarifária”. Alckmin deu uma coletiva junto com o presidente da Câmara Americana de Comércio para Brasil (Amcham Brasil), Abrão Neto, após a reunião que tratou sobre as tarifas.

O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) liderou os ganhos do Ibovespa, com alta de 10,65%, reagindo ao aumento da participação da família Diniz na companhia. Na ponta negativa, o destaque ficou para Usiminas (USIM5), que recuou 4,52% refletindo o rebaixamento pelo Goldman Sachs das ações de compra para neutra.

O principal índice da B3 subiu 0,16%, aos 135.510,99 pontos. O giro financeiro foi de R$ 20,4 bilhões. Às 17h17 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto recuava 0,27%, aos 136.780 pontos. Em Nova York, as bolsas fecharam em alta.

Josias Bento, especialista em investimentos e sócio da GT Capital, comentou que a volatilidade segue no mercado em meio às tarifas de Trump e a falta de acordo entre Executivo e Legislativo sobre o IOF.

Segundo relatório da Ativa Investimentos, “o Ibovespa oscila em meio à repercussão da carta do Brasil aos EUA sobre tarifas, enquanto o exterior avança apesar dos ruídos envolvendo Trump e o Fed”.

Pedro Moreira, sócio a One Investimentos, disse que o mercado olha os movimentos de negociações entre Brasil e Estados Unidos e o andamento da questão do IOF.

“A preocupação do mercado é sobre qual a capacidade que o governo brasileiro tem para negociar com os Estados Unidos em que estamos com uma tarifa [imposta por Trump aos produtos brasileiros de 50%]. A dúvida é quanto vamos conseguir reduzir essa tarifa. Não temos norte e não sabemos como está o avanço das negociações. A tarifa de 50% é muito acima de seus pares, é 30% maior do que a India [país do BRICs] está negociando com os EUA, na casa de 20%. O que chama atenção é o risco Brasil em relação às tarifas. A preocupação é para onde vai esse fluxo para [os países] emergentes nesse cenário de indefinição. [antes da tarifa, estava vindo para cá. O Brasil fica menos atrativo frente aos pares. Além disso, o País lidera a mudança de moeda dos Brics, e isso traz volatilidade em relação ao dólar aqui. Quanto ao IOF, o governo vai esperar uma decisão do STF. Se tiver alguns ajustes do decreto, o governo vai ser pressionado para reduzir a alíquota e descontos do risco sacado, ou se vai anular por completo o IOF”.

No mercado de câmbio, o dólar fechou em alta de 0,04%, cotado a R$ 5,5609. A moeda refletiu, ao longo da sessão, as incertezas sobre o desfecho das negociações sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e as tarifas de Donald Trump contra o Brasil.

O economista da Valor Investimentos Paulo Henrique Duarte diz que, apesar das incertezas tanto globais quanto domésticas, a tendência é que a divisa estadunidense perca força no curto prazo.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, o USTR (Representante Comercial dos Estados Unidos, na sigla em inglês) ter aberto uma investigação faz com que o problema passe do âmbito político para o institucional: “Isso aumenta a chance de que o Brasil seja taxado definitivamente”.

Além do imbróglio sobre o IOF, Borsoi observa que um eventual aumento da gama de isenção do Imposto de Renda deve ser mais um ingrediente nos ruídos fiscais domésticos.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta. A tônica foi o impasse entre Brasil e os Estados Unidos em relação às tarifas comerciais.

Por volta das 16h39 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,940% de 14,935% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,355%, de 14,340%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,745%, de 13,705%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,680% de 13,615% na mesma comparação. O dólar subia 0,03%, cotado a R$ 5,5608.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em alta, numa sessão de reviravolta depois da veiculação que o presidente Donald Trump estava se aproximando de demitir Jerome Powell do cargo de presidente do Federal Reserve. As bolsas se recuperaram após Trump negar a informação, mas os investidores continuaram preocupados com a possibilidade de que ele realmente tome essa decisão.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +0,53%, 44.254,78 pontos
Nasdaq 100: +0,26%, 20.730,49 pontos
S&P 500: +0,32%, 6.263,70 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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