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Bolsa fecha em queda e dólar em alta com influência das tarifas comerciais de Trump

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São Paulo -A Bolsa fechou em queda, variou entre a máxima de 141.341,74 pontos e a mínima de 139.294,84 pontos, puxada pelas novas tarifas de Donald Trump e o reflexo na economia global, além da crítica ao Brics. Menos de 15 ações subiram e o destaque positivo ficou para os frigoríficos

Mais cedo, Trump revelou em sua rede social que enviou cartas para o Japão e Coreia do Sul sobre a taxação de 25% aos países. Também impôs taxa de 40% para Mianmar e Laos será de 40%. A África do Sul será taxada em 30%, Malásia e Cazaquistão em 25%.

Os papéis de Marfrig (MRFG3) subiram 4,09%. BRF (BRFS3) registrou ganho 9,37% e Minerva (BEEFS3) avançou 1,16%. Commodities metálicas e cíclicas caíram. Vale (VALE3) perdeu 1,46%.

O principal índice da B3 caiu 1,25%, aos 139.489,70 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto recuava 1,66%, aos 141.370 pontos. O giro financeiro era de R$ 16,9 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam no negativo.

Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Researc, disse que “o momento é de incerteza em relação às novas tarifas comerciais que estão sendo anunciadas pelos Estados Unidos, reacendendo o temor de uma guerra comercial. Isso tem provocado maior volatilidade nos mercados. Entre ontem e hoje, Trump anunciou o envio de cartas aos países envolvidos. Já foi anunciada, por exemplo, uma tarifa de 25% sobre importações do Japão e da Coreia do Sul. A atenção do mercado está voltada especialmente para esses dois países, além da União Europeia e da India grandes blocos comerciais para os Estados Unidos. No caso do Brasil, as negociações com os EUA seguem em curso, mas ainda sem conclusão, e o país aguarda possíveis anúncios oficiais. O ponto central, que volta a pressionar os mercados, é a percepção de que tarifas mais altas impactam negativamente a atividade econômica dos EUA. Isso pode desacelerar o crescimento e afetar a inflação por duas vias: (1) aumento dos custos de bens importados, que não atingem apenas o consumidor final, mas toda a cadeia produtiva; e (2) aumento da demanda por produtos fabricados internamente, o que pode pressionar os preços domésticos, diante de uma oferta limitada. Diante disso, o Federal Reserve tende a adotar uma postura mais cautelosa na condução da política monetária”.

Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos, disse que a Bolsa cai com as novas posições de Donald Trump sobre tarifas.

“O Ibovespa sai de máximas históricas para uma realização nesse início de semana. Um dos pontos é o Trump voltando a sinalizar novas taxas. Ele mandou uma carta para Japão sinalizando um aumento de tarifas que pode ser de até 25% [e para outros países]. Em relação aos Brics, disse que quem estiver alinhado a eles será taxado em 10% a mais e não há negociação para isso. Além disso o posicionamento de Trump em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, pedindo para que o governo o deixasse em paz, e a resposta de Lula dizendo que aqui tem regras claras. São movimentações preocupantes colocando em xeque o que pode vir nas novas eleições, com uma intervenção direta dos Estados Unidos podendo taxar o Brasil de uma forma mais forte”.

Ricardo Leite, head de renda variável da Diagrama Investimentos, disse que o mercado está cauteloso por conta das tarifas de Trump e um pouco de realização, após a Bolsa abater recordes.

“As tarifas de Trump ainda geram muita certeza, não tem nada de concreto [sobre os acordos] e quarta-feira (9) vence o prazo [para os países fazerem acordos]. Nosso índice recebeu um volume bom nas últimas semanas, bateu recordes históricos, e é normal um movimento de realização. Outro ponto é que existe uma troca de ativos, muitos não acompanharam a alta do índice e têm potencial bom pra isso, são mais riscos pontuais para serem avaliados”.

Em relação à ameaça aos BRICs, “acho que é mais um movimento político contra Rússia e China do que a países como Brasil, India e África do Sul, mas não deixa de gerar impacto”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 5,4788 para venda, com valorização de 1%. Às 17h10, o dólar futuro para agosto tinha alta de 1,06% a R$ 5.512,500. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, subia 0,32% a 97,50 pontos. O dólar foi impulsiona pelas tarifas comerciais de Donald Trump. O presidente americano está enviando cartas a alguns países com a nova taxa, que entra em vigor a partir de 1º de agosto.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá impor uma tarifa adicional de 10% a qualquer país que se alinhar às “políticas antiamericanas” do grupo Brics. Trump não detalhou quais seriam essas políticas consideradas antiamericanas, mas reforçou que não haverá exceções à medida.

Marcos Weight, head de tesouraria da Travelex Brasil, disse que “o dólar foi pressionado por conta das tarifas de Trump, falas do presidente americano, com a mensagem sobre os Brics e data final das tarifas [na quarta-feira]. O movimento de realização de lucros das bolsas no mundo ajudaram a aumentar a aversão a risco”.

Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, reforçou que os mercados globais operaram com um nivel maior de aversão ao risco devido ao retorno das preocupações relacionadas às politicas de tarifas comerciais.

“Além disso, real sofre uma desvalorização adicional também por uma declaração do presidente americano em impor tarifas de mais de 10% nos países dos BRICs (reunidos nessa tarde) que buscam politicas que visem a ‘desdolarização’ nas transações comerciais. Com um ambiente externo adverso vindo das incertezas das politicas tarifárias em conjunto com fatores técnicos locais que indicam posições sobrevendidas no dólar, a divisa volta a negociar próximo do patamar de R$ 5,50”.

Assim como o câmbio, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam no positivo em um movimento de ajuste dos vértices e com a alta das treasuries e dólar.

Por volta das 16h38 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,925% de 14,925% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,205%, de 14,185%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,465%, de 13,400%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,310% de 13,230% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em queda, depois que o presidente Donald Trump publicou cartas a diversos países anunciando novas tarifas sobre produtos importados.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,77%, 44.828,53 pontos
Nasdaq 100: -1,02%, 20.601,10 pontos
S&P 500: -0,83%, 6.279,35 pontos

 

Dylan Della Pasqua e Darlan de Azevedo / Safras News

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