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Bolsa fecha em tímida queda com bancos e cíclicas em meio à alta das commodities; dólar encerra a R$ 5,41

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São Paulo -A Bolsa fechou em tímida queda, chegou a tocar nos 140 mil pontos, em um dia de valorização das commodities, com destaque para a Vale (VALE3), em meio à queda dos bancos, cíclicas e alta na curva de juros em um movimento de rotação de carteira.

O setor financeiro e as ações de consumo caíram em bloco. O Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC3 e BBDC4) perderam, respectivamente, 0,80%; 1,46% e 1,80%. Magazine Luiza (MGLU3) registrou queda de mais de 6%.

Na ponta positiva, a Vale (VALE3) subiu 3,63%. CSN (CSNA3) registrou ganho de 6,12%. Gerdau (GGBR4) avançou 3,12%. A Petrobras (PETR4) avançou 1,77%.

O principal índice da B3 caiu 0,35%, aos 139.050,93 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto operou em baixa de 0,56%, aos 141.125 pontos. O giro financeiro era de R$ 23,7 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Felipe SantAnna, especialista em mercado financeiro do grupo Axia Investing, disse que o pregão de hoje está “meio esquisito, muitos ativos oscilando nos terrenos positivo e negativo, os bancos realizando bastante e a Vale subindo. É um misto de realização com giro de carteira por conta da virada do mês e do semestre. O Ibovespa a 140 pontos será complicado de sustentar”.

O especialista em mercado financeiro do grupo Axia Investing disse que “a judicialização do IOF mostra que o governo Lula está mais enfraquecido e deixa claro a guerra entre o planalto e o legislativo. Para alguns é bom, por conta da possibilidade de troca do governo em 2026, mas na prática todos nós perdemos, porque o Brasil não foca em problemas reais e continua preso no populismo dos anos 90, no nós contra eles, ricos contra pobres”.

Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, disse que a queda do Ibovespa “é um reflexo do aumento das tensões fiscais, depois que o governo foi buscar na AGU [respaldo para] entrar com uma ação no STF para derrubar a suspensão do IOF. Isso coloca em xeque a capacidade do governo de cumprir com o arcabouço desse ano e aumentam as tensões institucionais gerando embate entre equipe econômica e congresso”.

Ubirajara Silva, gestor de renda variável, disse que está difícil de identificar o movimento do mercado. “O destaque de alta são [os setores de] siderurgia e mineração com alta do minério de ferro e de queda são as ações do mercado interno como bancos e varejo. Não tem notícias para esses setores, a rotação setorial gera esses movimentos erráticos. A gente tem um movimento de dólar forte no mundo todo e, aqui, o real se valoriza. A nossa moeda segue como o melhor ativo do Brasil. A questão da judicialização do IOF também faz preço”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 5,4186 para venda, com desvalorização de 0,75%. Às 17h10, o dólar futuro para agosto tinha baixa de 0,70% a R$ 5.454,500. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, recuava 0,02% a 96,79 pontos.

O dólar recuou com a ajuda das commodities – petróleo e minério de ferro. A boa alta de importantes produtos de exportação do Brasil favorece o ingresso da moeda. O mercado ainda acompanha o movimento entre o Congresso e o Executivo, após a Advocacia-Geral da União anunciar ontem a judicialização do decreto do IOF.

A produção industrial brasileira teve baixa de 0,5% em maio ante abril, depois de ter recuado 0,2% no mês imediatamente anterior. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A perda foi maior que a previsto, de -0,4%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro Safras. Já em relação a maio de 2024, houve alta de 3,3% ante estimativa de +3,8% coletada por Safras.

O recuo na produção industrial sinaliza o arrefecimento da economia brasileira, resultante da política monetária restritiva. O número se soma ao resultado do Caged divulgado no início da semana, com criação de vagas abaixo do esperado.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, disse que “as commodities subindo estão ajudando o Brasil, o que melhora a balança comercial. Além disso, o mercado está mais tranquilo com a possibilidade de conciliação do governo com o Congresso em relação ao IOF”.

Para Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, com a alta do petróleo e do minério de ferro, o fluxo colabora para esse dia positivo do real ante o dólar”.

Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad, o comportamento seguiu a tendência global. Ele destacou as falas do diretor do BC, Nilton David, reforçando que o consenso é uma Selic mais elevada dadas as desancoragens das expectativas e crescimento acima do potencial. “Juros futuros intermediários e mais longos sobem, tanto no Brasil como nos EUA, com o mercado tentando precificar o impacto da aprovação do Big Beautiful Bill nos EUA, o qual deve aumentar os gastos e pressionar a trajetória da dívida pública”, completou.

Ao contrário do dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta acompanhando o rendimento dos títulos do Tesouro americano mesmo com os dados mais fracos da produção industrial brasileira de maio.

Por volta das 16h20 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,915% de 14,915% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,125%, de 14,105%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,335%, de 13,290%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,155% de 13,080% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo misto, após o presidente Donald Trump anunciar um acordo comercial entre os Estados Unidos e o Vietnã. No entanto, um novo relatório mostrando uma queda inesperada nos empregos do setor privado em junho reacendeu preocupações sobre o estado da economia norte-americana.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,02%, 44.484,42 pontos
Nasdaq 100: +0,94%, 20.393,13 pontos
S&P 500: +0,47%, 6.227,42 pontos

 

Dylan Delala Pasqua e Darlan de Azevedo / Safras News

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