O mercado global de milho entra em um novo ciclo marcado pela recomposição dos estoques e pela expectativa de uma safra recorde nos Estados Unidos. Essa fase de maior disponibilidade global tem pressionado os preços, mas deve ser vista como uma etapa natural dentro dos ciclos de commodities.
Nesse caso, para o Brasil, o cenário é mais delicado: mesmo com demanda interna aquecida, volumes da safrinha 2025 colocam a exportação como fator decisivo para o equilíbrio de mercado.
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Oferta global de milho em alta: produção cresce entre os principais exportadores
A safra de milho 2025/26 sinaliza um ambiente global amplamente ofertado. Estados Unidos projetam colheita recorde, o Brasil caminha para mais uma safra volumosa, a Argentina retoma bons níveis de produção e a Ucrânia avança na recuperação de sua capacidade produtiva. Portanto, esse alinhamento entre os quatro maiores exportadores pressiona os preços internacionais e reforça um padrão de normalidade nos valores de referência, como a cotação de US$ 4,00/bushel na Bolsa de Chicago.
Apesar disso, a demanda global também se mantém sólida, com destaque para os Estados Unidos e o Brasil no setor de etanol, o crescimento do consumo de carnes, e a retomada da demanda interna na Argentina e na China. Mesmo com essas sinalizações positivas, a oferta ainda deve superar o consumo no curto prazo, o que mantém os preços em patamares mais baixos.
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Desafio do Brasil com a safrinha de milho e foco na exportação
O mercado brasileiro enfrenta uma conjuntura mais sensível. Embora haja uma demanda interna recorde — especialmente para etanol e proteína animal — a produção da safrinha 2025, estimada em cerca de 100 milhões de toneladas, deve ultrapassar com folga a capacidade de absorção do mercado interno.
No segundo semestre de 2025, a expectativa é que o consumo interno represente, no máximo, metade desse volume. O restante, portanto, precisa ser escoado via exportações. Assim, com estoques limitados e logística apertada, o ritmo de embarques será o fator-chave para definir o comportamento do mercado nacional.
A projeção atual é de 42 milhões de toneladas exportadas neste ano. No entanto, esse número poderá ser revisto para cima, dependendo da pressão vendedora interna e da resposta do mercado internacional.
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Preços do milho pressionados e competitividade em xeque
A recomposição dos estoques globais e a elevada área plantada nos Estados Unidos criam um cenário de normalização dos preços no mercado internacional. Para o produtor brasileiro, esse ambiente impõe uma dificuldade adicional: o Brasil ainda não é competitivo em um cenário de preços baixos.
Com custos altos e margem apertada, a temporada 2025 tende a ser desafiadora, principalmente no Centro-Sul, onde a produção atinge volumes recordes. O escoamento eficiente será determinante para evitar a formação de estoques excessivos e limitar perdas de rentabilidade.
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