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Bolsa fecha em leve queda e dólar em tímida alta após decisão do Fed; expectativa para Copom

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São Paulo -Em véspera de feriado, a Bolsa fechou em leve queda, estável, após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) manter inalterada a taxa de juros em um intervalo de 4,25% e 4,50%, conforme consenso dos agentes financeiros, e com a projeção de dois cortes para esse ano.

O mercado fica à espera pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O resultado sai depois do fechamento do pregão, com uma expectativa dividida entre a manutenção da Selic e aumento de 0,25 ponto porcentual (pp) e de olho nas projeções futuras.

A B3 não abre amanhã (19) por conta do feriado de Corpus Christi. Na sexta-feira, funciona normalmente.

Em relação às ações, o destaque positivo ficou para Embraer (EMBR3) coam alta de 3,99% devido ao aumento dos pedidos de aeronaves-a SkyWets solicitou a compra de 60 aeronaves a companhia.

O principal índice da B3 caiu 0,08%, aos 138.716,64 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho recuou 0,05%, aos 138.830 pontos. O giro financeiro foi de R$ 22,3 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Para Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, disse que o mercado espera pelo Copom.

“Mais do que a decisão em si, o foco do mercado está no guidance. Se a comunicação for dúbia ou indicar tolerância aos riscos, pode haver uma reprecificação negativa nos juros e no câmbio. O mercado busca uma sinalização firme e um compromisso inequívoco com as âncoras fiscal e monetária e isso vale para Brasília como um todo”.

Em relação ao Fed, Daiane Gubert, sócia e assessora de investimentos da Manchester Investimentos, disse que a decisão do banco central americano veio em linha com as expectativas.

“O mercado reagiu de forma tranquila à decisão do Fed porque veio em linha com o que se esperava. Seria uma surpresa se [os dirigentes] reduzissem os juros. A taxa foi mantida por conta riscos geopolíticos e incertezas com a política tarifária de Trump. A questão geopolítica voltou à pauta de forma mais recente [com o conflito entre Israel e Irã], se os EUA entrarem [nessa guerra] conforme o Trump tem sinalizado, o cenário muda [petróleo sobe e pode gerar inflação]. Em relação às tarifas, houve uma pausa de 90 dias, mas não teve uma resolução efetiva dos acordos com China e outros parceiros. À medida que se tem incerteza, não há motivo para redução de juros. O mercado espera corte em setembro. Acreditamos que talvez venha em setembro, mas o mais provável é em dezembro”.

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, disse que a decisão veio conforme o esperado e no mercado não teve muita reação. No gráfico de pontos, o Fed “mostra uma piora nas projeções de inflação dos EUA esse ano -subindo de 2,7% para 3%-, crescimento-reduzindo de 1,7% para 1,4% e taxa de emprego leve mudança -de 4,4% para 4,5%. Para os juros, a projeção para 2025 continua com dois cortes, mas dois dirigentes subiram as previsões para nenhuma mudança de juros esse ano, e essa talvez seja uma das grandes alterações frente ao material anterior. Para o ano que vem, a maior parte dos dirigentes prevê só mais um corte. Para o nosso BC isso vai ser avaliado. O que assustaria o mercado seria se chegasse perto de uma estabilidade pra projeção de crescimento e projeção de inflação muito mais alta de 3%, o que necessitaria mexer em juros”.

Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital, disse que o tom é de cautela diante do conflito no Oriente Médio e das decisões de juros aqui e nos EUA.

“Até esperava uma cautela mais forte com esse cenário que se apresenta. Os investidores estão acompanhando com lupa essa relação do conflito no Oriente Médio. Por enquanto, vimos reflexo no preço do petróleo em que subiu de sexta-feira pra cá, mas hoje passou a ceder [após falas de Trump afirmando que o Irã está disposto a negociar]. Por aqui, antes do início do conflito, estava muito no radar a manutenção da taxa de juros [Selic], que implicaria na melhora dos dados de inflação, apesar de o fiscal ter deteriorado. Ainda acredito que a Selic ficará inalterada [nos atuais 14,75% ao ano]. Mas o Copom pode ter uma posição defensiva devido à tensão entre Irã e Israel, principalmente se o petróleo escalar porque é um componente que pode trazer inflação no curto prazo. Lá fora, seria a mesma linha do Brasil [sobre os juros] se escalar o conflito. Os números de inflação nos EUA refletiram [recentemente] muito bem a projeção pelo Fed, talvez até abra uma possibilidade de corte, por outro lado o conflito ainda pode deixar a taxa de juros inalterada”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,06%, cotado a R$ 5,5000. A sessão foi marcada pela decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que manteve a taxa básica de juros entre 5,25% e 5,5%. Ainda hoje, no começo da noite, o Comitê de Política Monetária (Copom) irá anunciar o valor atualizado da Selic (taxa básica de juros), o que deve refletir nos mercado na próxima sexta (20), após o feriado de Corpus Christi.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o Fed não quer se comprometer muito com nada. O cenário ainda é de dois cortes para este ano”.

Borsoi disse que o Fed pavimentou os caminhos tanto para o corte quanto para a manutenção das taxas elevadas por mais tempo, decisão que será tomada de acordo os desdobramentos da guerra comercial travada pelos Estados Unidos.

“A principal questão de hoje é o que o Fomc deixou de falar. Houve uma piora nos indicadores, especialmente os de sentimento, como o PMI. Também não há nada no relatório falando sobre a inflação”, avaliou.

As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam mistas. A sessão foi marcada pela expectativa com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que anuncia nesta noite o valor atualizado da Selic (taxa básica de juros).

Por volta das 16h41 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,870% de 14,860% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,255%, de 14,235%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,625%, de 13,635%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,535% de 13,540% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão de lado, após a última atualização de política monetária do Federal Reserve, que manteve os juros inalterados e sinalizou que aguardará os efeitos das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump sobre a inflação antes de tomar qualquer decisão futura.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,10%, 42.171,66 pontos
Nasdaq 100: +0,13%, 19.546,27pontos
S&P 500: -0,03%, 5.980,87 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Agência Safras News

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