São Paulo – A taxa de desocupação caiu a 6,6% no trimestre móvel encerrado em abril de 2025, não tendo variação significativa em relação ao trimestre de novembro a janeiro (6,5%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje pelo IBGE.
O resultado veio abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +6,90%, conforme o Termômetro Safras.
A população desocupada (7,3 milhões) apresentou estabilidade na comparação com o trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 (7,2 milhões). Porém, no confronto com igual trimestre do ano anterior (8,2 milhões), apresentou queda de 11,5% (menos 941 mil pessoas).
A população ocupada (103,3 milhões) ficou estável no trimestre e aumentou 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 58,2%, mostrando estabilidade no trimestre (58,2%) e variando 0,9 p.p.
no ano (57,3%).
A taxa composta de subutilização (15,4%) mostrou estabilidade no trimestre (15,5%) e teve queda de 2,0 p.p. no ano (17,4%). A população subutilizada (18,0 milhões) também ficou estável no trimestre (18,1 milhões) e recuou 10,7% (menos 2,1 milhões de pessoas) no ano (20,1 milhões).
A população subocupada por insuficiência de horas (4,7 milhões) mostrou estabilidade no trimestre e queda de 10,5% no ano (menos 547 mil pessoas). A população fora da força de trabalho (66,8 milhões) não teve variações significativas em nenhuma das duas comparações.
A população desalentada (3,1 milhões) ficou estável no trimestre e teve redução de 11,3% (menos 392 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados (2,7%) também mostrou estabilidade no trimestre (2,8%) e recuou 0,4 p.p. no ano (3,1%).
O número de empregados no setor privado com carteira assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi recorde: 39,6 milhões. Houve crescimento de 0,8% (mais 319 mil pessoas) no trimestre e alta de 3,8% (mais 1,5 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,7 milhões) ficou estável no trimestre e no ano.
O número de empregados no setor público (12,7 milhões) mostrou aumento de 1,8% no trimestre e expansão de 3,5% (mais 427 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (26,0 milhões) ficou estável no trimestre e, no ano, subiu 2,1% (mais 544 mil pessoas). Já o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões) apresentou estabilidade no trimestre e no ano.
A taxa de informalidade foi de 37,9% da população ocupada (ou 39,2 milhões de trabalhadores informais), contra 38,3% (ou 39,5 milhões) no trimestre encerrado em janeiro e 38,7% (ou 39,0 milhões) no trimestre de fevereiro a abril de 2024.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.426) mostrou estabilidade no trimestre e crescimento de 3,2% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 349,4 bilhões) foi novo recorde, mantendo estabilidade no trimestre e aumentando 5,9% (mais R$ 19,5 bilhões) no ano.
A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) no trimestre de fevereiro a abril de 2025 chegou a 110,5 milhões de pessoas, apresentando crescimento de 0,3% frente ao trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 (mais 357 mil pessoas) e expansão de 1,4% (mais 1,5 milhão de pessoas) ante o mesmo trimestre móvel do ano anterior.
A análise da ocupação por grupamentos de atividade ante o trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 mostrou que houve aumento no grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,2% ou mais 405 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

