A Santos Brasil registrou um lucro líquido de R$ 198,5 milhões no 1o trimestre de 2025, cifra 34,3% superior à reportada um ano antes e com margem líquida de 22,5% (-0,4 pp na comparação anual).
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 496,0 milhões, alta de 54,4% em um ano, com margem de 56,1% (+6,3 p.p.). O desempenho foi impulsionado pelos Terminais Portuários de Contêineres e Carga Geral, que apresentaram ebitda de R$ 454,8 milhões (+51,7% YoY) e margem de 64,4% (+4,3 p.p. YoY). Assim como na receita, houve crescimento de ebitda e margem ebitda em todas as linhas de negócio.
A receita líquida da Santos Brasil totalizou R$ 883,7 milhões, alta anual de 37,0%. “No 1T25, o forte desempenho operacional da Santos Brasil alavancou o crescimento dos indicadores econômico-financeiros, com a Receita Líquida consolidada. Nota-se que houve crescimento de receita em todas as linhas de negócio, destacando-se o aumento de 41,5% YoY na Receita Líquida dos Terminais de Contêiner e Carga Geral”, comentou a empresa.
Os Terminais de Contêiner da Santos Brasil movimentaram 383.890 contêineres no 1T25 (+15,1% YoY), crescimento impulsionado (i) pelas operações de Longo Curso (+17,4% YoY), fruto de maiores importações (+35,5% YoY) e exportações (+16,9% YoY), bem como (ii) pela Cabotagem (+6,7% YoY), resultado da maior atividade econômica doméstica. Nota-se o melhor mix de contêineres cheios, que representou 76,1% do total movimentado (vs. 75,4% no 1T24), com crescimento tanto na importação (+30,1% YoY) quanto na exportação (+8,9% YoY) de cheios.
O Tecon Santos movimentou 341.690 contêineres no 1T25 (+15,3% YoY), com crescimento no fluxo de Longo Curso (+14,9% YoY), resultado de (i) maiores importações (+33,2% YoY), principalmente, de plásticos e resinas, autopeças, produtos químicos, bens de consumo e bens de capital; e (ii) maiores exportações (+12,4% YoY), com destaque para os embarques de commodities agrícolas, e.g. algodão, papel e celulose. O volume de Cabotagem apresentou um aumento robusto de 17,3% YoY, com aumento da consignação dos navios e o ramp-up do serviço da Norcoast, que operou todas as escalas previstas em fevereiro e março.
No 1T25, o Tecon Imbituba movimentou 21.918 contêineres (+60,8% YoY), impulsionado (i) pelo aumento da consignação do serviço Brazex, operado pela CMA CGM, especialmente em janeiro; e (ii) pelo serviço Carioca, do armador MSC, inaugurado em dezembro/24. O volume de Cabotagem apresentou crescimento de 5,3% YoY, refletindo uma retomada gradual dos volumes a partir de fevereiro, após os impactos sazonais da entressafra de arroz em janeiro. No TCG de Imbituba, foram movimentadas 49.672 toneladas de cargas gerais (+42,3% YoY), com destaque para a movimentação de celulose, proveniente de um novo contrato com a produtora Eldorado, transformadores de energia e produtos diversos. No Tecon Vila do Conde, foram movimentados 20.282 contêineres, queda de -13,2% YoY, reflexo do menor de volume de Cabotagem na região.
A Santos Brasil Logística observou volume estável na armazenagem de contêineres nos CLIAs (-0,7% YoY) e queda de 82,0% YoY na movimentação de pallets dos Centros de Distribuição, reflexo da descontinuação de contratos de clientes do setor automotivo. O TEV apresentou crescimento de 44,0% YoY na movimentação de veículos, resultado da recuperação nos embarques de veículos leves para o mercado argentino.
Os Terminais de Granéis Líquidos apresentaram queda de 15,0% YoY no volume de combustível armazenado, reflexo de uma base de comparação forte no 1T24, marcada por um movimento atípico de antecipação de importações de combustíveis em janeiro e fevereiro de 2024, devido à mudança na alíquota de impostos que entrou em vigor em fevereiro de 2024, além de uma operação pontual (spot) registrada em março de 2024.
A Santos Brasil encerrou o 1T25 com R$ 382,0 milhões em disponibilidades de caixa e aplicações financeiras, frente a um endividamento total de R$ 2,6 bilhões. Em 2024, a Companhia realizou a 5 Emissão de Debêntures, captando R$ 2 bilhões. Os recursos levantados foram aplicados na restituição de capital aos acionistas, no valor de R$ 1,6 bilhão, além de investimentos voltados à expansão e modernização dos ativos operacionais da Companhia.
Em 31/03/2025, a dívida líquida somou aproximadamente R$ 2,2 bilhões, o que resultou em índice de alavancagem de 1,53x, calculado pela relação entre a Dívida Líquida e o EBITDA Proforma dos últimos doze meses. A estratégia de alocação de capital da Companhia seguiu centrada nos investimentos em expansão e modernização dos ativos de seu portfólio e na remuneração do capital de acionistas através de proventos.
