São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em queda e as bolsas europeias em alta. O mercado “festeja” a confirmação da trégua temporária da guerra comercial estre Estados Unidos e China, anunciada ontem. Pelo acordo, os EUA reduzirão as tarifas adicionais impostas às importações chinesas em abril deste ano de 145% para 30%, enquanto as tarifas chinesas sobre importações dos EUA cairão de 125% para 10%. As novas medidas entrarão em vigor por 90 dias.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não pretende restabelecer tarifas de 145% sobre produtos chineses, caso as negociações comerciais com Pequim não avancem nos próximos 90 dias. No entanto, alertou que, nesse cenário, as tarifas subirão para um patamar “significativamente maior” do que os atuais 30%. O acordo não inclui tarifas sobre aço, carros e produtos farmacêuticos.
Ontem, os juros projetados dos Treasuries dos Estados Unidos fecharam a sessão em alta, após a trégua tarifária de 90 dias entre Estados Unidos e China estimularem a busca por risco em Wall Street. Embora as tarifas ainda estejam acima dos níveis anteriores ao Dia da Libertação, a drástica redução das alíquotas triplicadas trouxe alívio e mais clareza sobre como poderão ser os acordos futuros. Os juros das notas do Tesouro de 10 anos subiram 0,08 ponto percentual (pp) na semana, em 4,45%. Enquanto isso, os juros das notas para 2 anos avançaram 0,11 pp, em 3,99%.
Hoje saem os dados do Indice de Preços ao Consumidor (CPI), dos EUA, referente a abril. Em março, o índice recuou 0,1%, levando a taxa de inflação acumulada em 12 meses para 2,4%, abaixo dos 2,8% de fevereiro. Já o núcleo, que exclui alimentos e energia, atingiu uma taxa anual de 2,8%, alta de 0,1% no mês, a menor taxa do núcleo da inflação desde março de 2021.
A semana ainda trará o Indice de Preços ao Produtor (PPI), amanhã, além dos números dos estoques de petróleo, os pedidos de seguro-desemprego, os índices do Fed Filadélfia e Nova York de atividade industrial, vendas no varejo, produção industrial e capacidade utilizada, o índice de confiança das construtoras, construção de novas residências, os preços de importação e exportação, e o índice da Universidade de Michigan de confiança do consumidor.
Por aqui, hoje foi divulgado a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana passada, o Comitê confirmou as expectativas e elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, ou seja, 14,75%. Segundo o Comitê, as expectativas seguem desancoradas, com as projeções de inflação elevadas, a atividade econômica resiliente e o mercado de trabalho pressionado.
Com relação à próxima reunião, o Comitê avaliou que o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação.
Segundo a ata, o Comitê se manterá vigilante e a calibragem do aperto monetário apropriado seguirá guiada pelo objetivo de trazer a inflação à meta no horizonte relevante e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.
A temporada de balanço com os resultados do primeiro trimestre continua nesta semana, com os números da Raízen, SLC Agrícola, JBS, Allos, Rede D’Or, Casas Bahia, Azul, Equatorial, CPFL, Eztec, Cyrela, Marfrig, BRF, Cosan, Gol e Banco do Brasil.
No setor corporativo, a Natura & Co divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25), com prejuízo líquido de R$ 150,7 milhões, queda de 83,9% em relação ao prejuízo líquido registrado no mesmo período do ano passado (1T24), que foi de R$ 935,1 milhões.
A Direcional divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25), com lucro líquido de R$ 164,5 milhões, alta de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado (1T24). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) foi de R$ 214,5 milhões, alta de 23% frente ao 1T24, com margem Ebitda de 24%, queda de 2 pontos percentuais em relação ao 1T24.
O IRB(Re) registrou lucro líquido de R$ 118,6 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), alta de 49,9% frente ao resultado positivo de R$ 79,1 milhões apurado no 1T24. Os números, conforme a Visão Negócio, mostram evolução do ressegurador, que apurou lucro pelo nono trimestre consecutivo. O desempenho foi influenciado pelo resultado financeiro e patrimonial, que avançou 57,9% nos três primeiros meses do ano, e o resultado de subscrição positivo. No acumulado dos últimos 12 meses, o lucro líquido do IRB(Re) alcançou R$ 412 milhões.
A Hapvida divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25), com lucro líquido ajustado de R$ 416,4 milhões, queda de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado (1T24). Sem ajuste, lucro líquido foi de R$ 54,3 milhões, recuo de 34,9% em relação ao 1T24. Segundo a companhia, o trimestre manteve a trajetória de crescimento da receita, forte geração de caixa, redução da alavancagem, manutenção de suas margens considerando a sazonalidade entre trimestres e ampliação dos investimentos na qualificação e expansão de sua Rede Própria.
A Brava Energia divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025, com lucro líquido foi de R$ 829 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 20,7 milhões registrado no primeiro trimestre de 2024 (1T24), e o prejuízo de R$ 1,028 bilhão do último trimestre de 2024. O Ebitda ajustado foi de R$ 1,070 bilhão, queda de 14% em relação ao mesmo período do ano passado, com margem Ebitda ajustado de 37,2%, queda de 6,8% em relação ao 1T24
A Sabesp divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25), com lucro líquido de R$ 1,482 bilhão, alta de 80% em relação ao mesmo período do ano passado (1T24). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) foi de R$ 3,427 bilhões, alta de 40,7% frente ao 1T24. A receita líquida foi de R$ 8,426 bilhões, alta de 28,4% em relação ao 1T24.
O Bradesco confirma que celebrou um instrumento referente à equalização, em um terço das participações societárias das acionistas da Elo Serviços S.A. (Elo), com o objetivo de redefinir a forma de distribuição de dividendos, de acordo com a respectiva contribuição de cada acionista para a Elo.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que Alexandre Gonçalves Silva passou a conduzir as reuniões do Conselho de Administração da Sabesp na qualidade de Presidente do Conselho de Administração.
O lucro líquido recorrente da Itaúsa, que exclui itens extraordinários e considera as participações nas subsidiárias Itaú Unibanco, Alpargatas, Dexco (ex-Duratex), NTS, Copa Energia e outros, foi de R$ 3,9 bilhões no 1o trimestre deste ano, alta de 8,2% na comparação com igual período do ano passado, principalmente pelos resultados crescentes do Itaú Unibanco e pela boa performance do portfólio de investidas do setor não financeiro com crescimento robusto de resultados.
A Telefônica Brasil apresentou um lucro líquido contábil de R$ 1,058 bilhão no 1o trimestre de 2025, alta de 18,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, impulsionado pela evolução do ebitda (+8,1% a/a), além da redução da despesa financeira líquida (-17,1% a/a). O lucro 12M por ação (EPS) apresentou alta de +20,3% a/a, totalizando R$ 0,65.
O lucro líquido da Petrobras cresceu 48,6% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 35,2 bilhões. Em comparação ao quarto trimestre, a companhia reverteu prejuízo de R$ 17,0 bilhões registrado no intervalo anterior. A companhia atribuiu o desempenho em função da melhora no resultado financeiro, positivo em R$ 10,6 bilhão, beneficiado pela valorização de 7% do câmbio no final do período, refletindo os efeitos da variação cambial sobre as dívidas entre a Petrobras e suas subsidiárias no exterior. Por sua vez, o lucro líquido sem eventos exclusivos caiu 12,1%, na comparação anual, e totalizou R$ 23,6 bilhões, enquanto na comparação trimestral, o indicador avançou 33,3%.
O conselho de administração da Petrobras aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares no valor de R$ 11,72 bilhões, equivalente a R$ 0,90916619 por ação ordinária e preferencial em circulação, como antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2025, declarada com base no balanço de 31 de março de 2025.
O fundador e chairman da Great Wall Motors (GWM), Jack Wey, reuniu-se hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Pequim, na China, onde conversaram sobre os novos modelos que serão produzidos no país, geração de empregos e a importância da operação brasileira dentro da estratégia global da montadora.
A Eletrobras informa que o Conselho de Administração, aprovou a eleição de Carlos Márcio Ferreira para membro do Comitê de Auditoria e Riscos Estatutário.
A Yduqs reportou lucro líquido de R$ 128,7 milhões no primeiro trimestre do ano, queda de 14,6% na comparação anual. O lucro líquido ajustado, que engloba ajustes de despesas não recorrentes, 11,4% menor e somou R$ 153,7 milhões, na mesma base de comparação. “No 1T25, o lucro líquido ajustado apresentou, na visão pro-forma, um crescimento de 7% vs. 1T24. Essa visão traz uma adequada comparação aos números de 2024, isolando os efeitos do programa de isenção para calouros não engajados (-R$23MM) e da migração da base de financiamento privado (-R$9MM)”, explicou a administração, no relatório.
A Yduqs anunciou projeções do lucro líquido ajustado por ação da companhia para os anos de 2025 a 2030 e projeção para o fluxo de caixa do acionista para o ano de 2025. Para 2025, a projeção de lucro líquido ajustado por ação é entre R$ 1,7 e R$ 2,0; para 2026, entre R$ 2,2 e R$ 3,2; para 2027, entre R$ 3,0 e R$ 4,0 e para 2028 a 2023, entre R$ 3,5 e R$ 4,5 por ano. A expectativa de fluxo de caixa do acionista para 2025 é de um intervalo entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões.
Emerson Lopes / Safras News
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