São Paulo, SP – O prejuízo líquido atribuível aos acionistas controladores do Grupo Pão de Açúcar apresentou uma queda de 74,4% no primeiro trimestre de 2025, para R$ 169 milhões, na base anual. No primeiro trimestre de 2024, o prejuízo aos acionistas controladores foi de R$ 660 milhões.
“O Prejuízo Líquido das Operações Continuadas totalizou R$ (93)milhões no 1T25, uma melhora significativa em relação aos R$ (407) milhões registrados no 1T24. O resultado do trimestre foi impactado pelos fatores já mencionados anteriormente, além de refletir um efeito positivo de R$ 187 milhões em IR/CSLL. Esse impacto decorre, principalmente, da reversão de provisões incluindo parte dos juros e multas relacionadas ao processo de CSLL de 2022, e do reconhecimento de prejuízos fiscais de exercícios anteriores, que, somados, geraram um efeito positivo de R$ 196 milhões. O Prejuízo Líquido Descontinuado totalizou R$ (75) milhões no 1T25, também
apresentando uma melhora em relação aos R$ (253) milhões registrados no 1T24”, detalhou a varejista, no relatório trimestral.
A receita líquida aumentou 3,9% no trimestre e alcançou R$ 4,767 bilhões na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 409 milhões no trimestre, 9,9% maior que o visto em igual período de 2024. A margem ebitda ajustada subiu 0,5 pp, para 8,6%.
No 1T25, as vendas totais alcançaram R$ 5,1 bilhões, com crescimento de 4,6%. “O desempenho do trimestre foi impactado por efeitos sazonais adversos na comparação anual, em função do deslocamento do feriado de Páscoa para o 2T25 e da ocorrência de um dia a menos no mês de fevereiro. Ajustadas as vendas para o conceito de mesmas lojas, excluindo o impacto de calendário, registramos um aumento de 7,3%, evidenciando a consistência e resiliência do nosso modelo de negócios premium, além da recuperação gradual do Extra Mercado”, disse a empresa.
“Destacamos ainda, na evolução do total de lojas, o crescimento de 18,8% do formato de Proximidade, impulsionado pela abertura de 60 novas lojas nos últimos 12 meses (10 lojas no 1T25), e o aumento de 17,1% do formato Aliados, que, após os ajustes operacionais implementados em 2024, retomou a trajetória de crescimento.”
Crescimento mesmas lojas por bandeira e formato:
No Pão de Açúcar, as vendas mesmas lojas cresceram 6,5%, demonstrando consistência e resiliência da proposta de valor da bandeira, focada em um sortimento premium, qualidade de perecíveis e alto nível de serviço. Esse crescimento continua impulsionado pelo aumento do volume de vendas combinado com o incremento do ticket médio.
No Extra Mercado, o crescimento de vendas mesmas lojas atingiu 6,6%, refletindo mais um trimestre de recuperação consistente da bandeira após a implementação do projeto de revisão de sortimento e gestão de categorias, iniciado no final do 2T24. Assim como na bandeira Pão de Açúcar, o crescimento de volume foi um dos principais impulsionadores do desempenho de vendas. Como parte dessa transformação, foi definida uma nova proposta de valor para a marca, com reposicionamento dos perfis de loja e redefinição dos papéis de cada categoria, alinhados à nova estratégia comercial. Entre as principais iniciativas do período, destacam-se: (i) a revitalização de 67 lojas entre o 4T24 e 1T25 com nova departamentalização e melhorias nas fachadas; (ii) a revisão da clusterização de preços e promoções; e (iii) a atualização estratégica do sortimento, tornando-o mais aderente às necessidades dos clientes.
A nova proposta de valor posiciona o Extra Mercado como um supermercado de bairro no segmento mainstream, com foco em excelência no atendimento e nos servi ços, reforça sua integração à jornada de reabastecimento dos clientes. Há especial ênfase no fortalecimento das categorias de Carnes, Aves e Padaria, e na manutenção da competitividade na Mercearia Básica.
No formato de Proximidade, as vendas mesmas lojas cresceram 7,8%. As lojas inauguradas a partir de 2022 continuam a contribuir significativamente para esse avanço, registrando crescimento de dois dígitos nas mesmas lojas, evidenciando a eficácia dos projetos de expansão dos últimos anos. Essa efetividade também se reflete no aumento do número de clientes nas lojas maduras, demonstrando que, mesmo com a expansão acelerada, seguimos ampliando a base de consumidores. O principal vetor desse crescimento foi o avanço das categorias de perecíveis, cuja participação nas vendas aumentou 0,9 p.p., alcançando 43,2% do total, com destaque para a categoria de Padaria.
Por fim, o formato de Aliados, voltado para a venda direta a pequenos comércios, registrou um crescimento de 20,0% nas vendas mesmas lojas. Em 2024, executamos um processo de reequilíbrio desse modelo, priorizando a rentabilidade, com ajuste no mix de produtos vendidos e consequente redução do volume de vendas. A partir do 1T25, com a base de comparação já refletindo esse novo patamar de rentabilidade, o formato voltou a apresentar trajetória de crescimento, consolidando sua recuperação.
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