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Bolsa fecha em queda, mas acumula ganhos em março e no trimestre; dólar encerra a R$ 5,70

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São Paulo – No último pregão de março, a Bolsa fechou em queda, perdeu a faixa dos 131 mil pontos, em dia de falta de apetite ao risco com recuo generalizado das ações, destaque para commodities e bancos.

Somado a isso, o mercado fica na expectativa para os efeitos que as tarifas de Donald Trump podem ter globalmente. No mês, o Ibovespa subiu 6,07% e no trimestre avançou 3,27%.

As ações da Vale (VALE3) caíram 1,49%. CSN (CSNA3) registrou baixa de 2,77%. Itaú (ITUB4) recuou 0,88%. Bradesco (BBDC3 e BBDC4) teve queda de 2,32% e 1,55%.

As ações de papel e celulose refletiram a queda do dólar. Apenas quatro ações subiram, e o destaque ficou para Pão de Açúcar (PCRA3) com alta de 13,56%.

O principal índice da B3 caiu 1,24%, aos 130.259,54 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em abril recuou 1,25%, aos 131.065 pontos. O giro financeiro era de R$ 20,3 bilhões. Em Nova York, as bolsas fecharam mistas.

Alexsandro Nishimura, economista e diretor da Nomos, afirma que as tarifas do presidente dos Estados Unidos mexeram com os mercados na sessão de hoje.

“O Ibovespa acompanhou as tensões externas com a guerra comercial encabeçada por Donald Trump, após o presidente norte-americano declarar no fim de semana que “todos os países” estariam na mira das tarifas. As preocupações fiscais internas complementaram o ambiente de aversão ao risco, que se refletiu na queda generalizada, com destaque para bancos e produtoras de commodities, que possuem grande peso na composição do índice”.

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, acredita que as tarifas do Trump estão impactando o apetite do investidor no mercado de renda variável.

“Acredito que as bolsas caem juntas por conta da expectativa em torno de 2 de abril, quando conheceremos os novos afetados por tarifas americanas. Países e produtos ainda são cogitados, mas enfraquece o crescimento global como um todo”.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, também diz que a falta de apetite ao risco esbarra nas tarifas do Trump e questões geopolíticas.

“Esperava que o Trump fosse detalhar melhor a questão das tarifas antes de quarta-feira (02) quando entram em vigor, mas ainda acredito que ele não vai ser tão rigoroso. Ele diz que vai implementar tarifas, mas usa isso como arma de negociação, e depois volta atrás. O mercado está ficando acostumado com o modus operandi dele. Outros pontos de preocupação são a questão do cessar-fogo da guerra entre Rússia e Ucrânia, e a ameaça de Trump ao Irã, se não fizer acordo nuclear com os EUA”.

No mercado de câmbio, o  dólar comercial fechou em queda de 0,93%, cotado a R$ 5,7073. A moeda refletiu, ao longo da sessão, o fechamento da Ptax mensal. No mês e trimestre a divisa estadunidense recuou 3,52% e 7,64%, respectivamente.

Segundo a economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, além da Ptax, o mercado está em compasso de espera com as medidas tarifárias a serem anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os dados do mercado de trabalho norte-americano – ambos nesta semana.

Para o sócio da Top Gain Leonardo Santana, o dólar hoje opera descolado da Bolsa, especialmente pelo fechamento da Ptax. Mas este movimento pode mudar por volta das 13h30, após o fechamento da Ptax.

Santana observa que esta semana será decisiva, com o anúncio das medidas tarifárias do presidente estadunidense. Donald Trump: “Existe certo exagero com o que está acontecendo nos Estados Unidos, não acho que irá ocorrer uma recessão”.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. O movimento de hoje foi marcado pelo alinhamento com o exterior, seguindo as Treasuries.

Por volta das 16h42 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 15,025% de 15,115% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,925%, de 15,060%, o DI para janeiro de 2028 ia a 14,720%, de 14,855%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 14,715% de 14,820% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices de ações do mercado dos Estados Unidos fecharam o pregão mistos, buscando recuperação após o início de perdas, enquanto os operadores olhavam para os planos tarifários do presidente norte-americano Donald Trump.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +1,00%, 42.001,76 pontos
Nasdaq 100: -0,14%, 17.299,4 pontos
S&P 500: +0,55%, 5.611,85 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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