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Americanas reverte lucro e registra prejuízo de R$ 586 mi no 4° trimestre de 2024

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São Paulo, 27 de março de 2025 – A Americanas divulgou o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com prejuízo de R$ 586 milhões, revertendo o lucro de R$ 2,5 bilhões registrado no mesmo período de 2023 (4T23). Em 2024, a companhia reverteu o prejuízo de R$ 2,2 bilhões registrado em 2023, e fechou o ano com lucro líquido foi de R$ 8,2 bilhões. Segundo a companhia, o resultado anual foi influenciado principalmente por ganhos financeiros decorrentes da quitação das dívidas concursais. Esses ganhos incluíram o reconhecimento de haircuts e a reversão de encargos financeiros. Em contrapartida, houve um impacto negativo de R$ 4,7 bilhões, atribuído à baixa do ativo diferido de Imposto de Renda, em função da utilização de créditos fiscais.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 180 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 1,1 bilhão alcançado no 4T23. Em 2024, o Ebitda ajustado foi de R$ 947 milhões, revertendo assim o Ebtida negativo de R$ 2,3 bilhões de 2023. O resultado do EBITDA no 4T24 foi positivamente impactado pela redução no passivo contingencial atrelada ao tema DIFAL no valor de R$ 254 milhões. O EBITDA do ano também foi positivamente impactado pela reversão de uma baixa contábil de créditos a compensar de ICMS no valor de R$ 502 milhões, além dos impactos na margem bruta comentados anteriormente.

A receita líquida foi de R$ 4,3 bilhões, queda de 4,5% em comparação ao 4T23. Em 2024, a receita líquida foi de R$ 14,3 bilhões, recuo de 2,8% em comparação a 2023. O desempenho no trimestre se deve, principalmente, a maiores receitas oriundas do digital e das lojas de conveniências no 4T23 que, dentro da estratégia de reestruturação operacional da Americanas, perderam relevância em 2024.

O GMV total foi de R$ 6,5 bilhões, uma redução de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior, ainda impactado pela queda de 47% no GMV digital. A queda ainda relevante no GMV do digital é explicada por uma forte venda de estoque crítico do 1P no 4T23, segmento praticamente descontinuado em 2024. Em contrapartida, o GMV do físico cresceu +7,1% no 4T24, e se tornou ainda mais relevante para o negócio, representando 79% do GMV Total (contra 72% no 4T23).

“Esse resultado se deve principalmente ao bom desempenho dos dois principais eventos do trimestre: a Black Friday e o Natal. O expressivo resultado do varejo físico foi alcançado apesar de ter uma base de comparação mais difícil com 4T23, período no qual a companhia já começava sua recuperação operacional”, apontou a relatório.

No acumulado do ano, o GMV Total foi de R$ 21,4 bilhões (-5,1% contra 2023). No período, o varejo físico também registrou crescimento de 11,9% e o digital caiu 48,9% em relação a 2023. A maturação de projetos já detalhados em trimestres anteriores, que visam o desenvolvimento das principais frentes comerciais, contribuíram para esse desempenho.

No quarto trimestre de 2024 as vendas brutas no conceito mesmas lojas cresceram 15% em relação ao mesmo período do ano anterior, reflexo do bom desempenho na Black Friday e Natal. Expurgando o efeito da decisão de não mais oferecer determinados itens de tíquete mais alto, resultante da revisão de categorias prioritárias da Companhia, as vendas mesmas lojas teriam crescido no 4T24 aproximadamente 20,4%.

As vendas no conceito mesmas lojas cresceram 14,8% em 2024 comparadas com 2023. Expurgando o efeito da decisão de não mais vender determinados itens de tíquete mais alto, as vendas mesmas lojas teriam crescido aproximadamente 19,8% no ano. O SSS dos 6M24 de 14,5% foi impulsionado por um evento de Páscoa bem executado.

A companhia encerrou o ano de 2024 com uma dívida bruta de R$ 1,8 bilhão, composta por R$ 1,7 bilhão em debêntures públicas2 e R$ 66 milhões em empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo de empresas não recuperandas pertencentes ao Grupo Americanas.

As disponibilidades totais da companhia somaram R$ 2,7 bilhões ao final de 2024, sendo R$ 1,1 bilhão em caixa e R$ 1,6 bilhão em recebíveis de cartão de crédito. Dessa forma, a companhia apresentava uma posição de caixa e equivalentes mais recebíveis que excedia a dívida financeira em R$ 962 milhões. Considerando os passivos remanescentes do Plano de Recuperação Judicial mencionados acima, o saldo de caixa líquido era de aproximadamente R$ 450 milhões ao final de 2024. Se incluirmos as obrigações relacionadas à operação de risco sacado realizada no trimestre, o caixa líquido da companhia, considerando apenas dívidas financeiras, seria de R$ 913 milhões.

 

Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)

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