São Paulo, SP – A petroleira Prio divulgou na noite de ontem o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com lucro líquido de US$ 1,074 bilhão, alta de 231% em comparação ao mesmo período de 2023 (4T23). Em 2024, o lucro líquido foi de US$ 1,736 bilhões, alta de 60% em relação a 2023. A companhia ressaltou que a alta é resultado do registro integral do crédito referente ao prejuízo fiscal da PRIO Forte S.A. em função da transferência dos ativos Frade, Albacora Leste e Wahoo para a referida sociedade, suportando a realização desse crédito.
No 4T24, o Ebitda ajustado foi de US$ 322 milhões, queda de 30% em relação ao 4T23, com margem Ebitda ajustada de 66%, queda de 7 pontos percentuais em relação ao 4T23. Em 2024, o Ebitda ajustado foi de US$ 1,662 bilhão, queda de 8% em relação a 2023, com margem Ebitda ajustada de 73%, queda de 2 p.p em relação a 2023.
A receita líquida consolidada foi de US$ 488,8 milhões, queda de 23% em comparação ao 4T23. Em 2024, a receita líquida foi de US$ 2,6 bilhões, queda de 5% em relação a 2023. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 66,3%, alta de 6,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023. Segundo a companhia, o resultado é reflexo, principalmente, pela queda de 5% da produção e, consequentemente, de 9% das vendas na comparação anual. Além disso, o preço do brent ano foi 3% inferior ao do ano anterior.
CERTIFICADO DE RESERVAS
A Prio informou sobre a nova certificação de reservas da companhia, que atingiu um volume total de óleo de 687,8 milhões de barris (MMbbl/d), uma alta de 28,1% em relação a janeiro de 2024. A certificação foi elaborada pela DeGolyer & MacNaughton (D&M), com data de referência de 1 de janeiro de 2025, e que inclui as reservas dos clusters Polvo e TBMT, Frade e Wahoo e o campo de Albacora Leste. Para o campo de Peregrino, a companhia manteve a certificação divulgada em 27 de setembro de 2024, ficando em 122,9 milhões de barris (40% de
participação da Prio).
No campo de Frade, as reservas 1P foram revisadas considerando a performance, inferior à esperada,
de alguns poços produtores em 2024. Além disso, a certificação de 2025 prevê 1 novo poço
infill produtores no reservatório N570.
No campo de Wahoo, a certificação de 2025 apresentou um aumento de 43 milhões de barris, considerando 100% da reserva do campo, em função do resultado favorável à PRIO na arbitragem, chegando a 122,7 MMbbl/d, alta de 53,8% na comparação anual. Adicionalmente, houve um ajuste no CAPEX total de US$ 830 milhões para US$ 850 milhões, devido à postergação de serviços em razão dos atrasos no licenciamento ambiental para o campo.
No campo de Albacora Leste, a curva de produção 1P foi ajustada considerando a performance dos reservatórios e postergação da curva de produção devido aos atrasos de licenciamento de Wahoo que também postergou o plano de revitalização do Campo. O CAPEX por barril adicionado foi positivamente impactado pela reabertura de poços que carregam CAPEX relativamente baixo (workover). Ao todo, foram registradas 289,2 MMbbl, queda de 1,1%.
Por fim, no cluster Polvo e TBMT, a nova certificação considerou 1 novo poço produtor no campo de Polvo, Well B, em 2025 e 1 novo poço produtor, Well A, em 2026. Com relação ao CAPEX, a certificação de 2025 considera 2 novos poços em Polvo e 2 workovers em Tubarão Martelo. Assim, o CAPEX por barril adicionado apresentou uma redução comparado com a última certificação, positivamente impactado pelo CAPEX para workover dos poços de Tubarão Martelo. As reservas 1P foram registradas em 34,1 MMbbl/d, queda de 13,5%.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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