São Paulo, 11 de março de 2025 – A produção industrial brasileira ficou estável em janeiro ante dezembro. Em relação a janeiro de 2024, a indústria cresceu 1,40% em sua produção, oitavo mês seguido de expansão. No acumulado de 12 meses, até janeiro, o avanço foi de 2,9%. Os dados são do IBGE.
O Termômetro Safras apostava em alta de01,5% no mês em comparação com dezembro e +2,35% no comparativo interanual.
Na variação nula (0,0%) da atividade industrial na passagem de dezembro de 2024 para janeiro de 2025, observa-se perfil disseminado de taxas positivas, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 25 ramos industriais pesquisados. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por máquinas e equipamentos (6,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0%), com a primeira eliminando o recuo de 2,1% verificado em dezembro de 2024, quando interrompeu dois meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 4,6%; e a segunda voltando a crescer após registrar perda de 13,2% nos dois últimos meses de 2024. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos de borracha e de material plástico (3,7%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (9,3%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%), de produtos diversos (10,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,3%), de móveis (6,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (5,0%) e de produtos alimentícios (0,4%).
Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram redução na produção, a de indústrias extrativas (-2,4%) exerceu o principal impacto em janeiro de 2025 e interrompeu dois meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 0,5%. Vale destacar também as contribuições negativas registradas pelos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,1%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,2%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente
anterior, na série com ajuste sazonal, bens de capital (4,5%) e bens de consumo duráveis (4,4%) apontaram os resultados positivos mais acentuados em janeiro de 2025 e interromperam dois meses consecutivos de queda na produção, período em que acumularam perdas de 4,1% e 4,3%, respectivamente.
O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (3,1%) também assinalou crescimento nesse mês, após acumular queda de 5,5% nos três últimos meses de 2024. Por outro lado, o segmento de bens intermediários, ao recuar 1,4%, mostrou a única taxa negativa em janeiro de 2025 e eliminou o avanço de 0,5% verificado no mês anterior.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 1,4% em janeiro de 2025, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 25 ramos, 56 dos 80 grupos e 58,8% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que janeiro de 2025 (22 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (22).
Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (13,4%), máquinas e equipamentos (14,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14,5%), impulsionadas, em grande medida, pela maior produção dos itens automóveis, autopeças, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para o transporte de mercadorias, reboques e semirreboques e caminhões, na primeira árvores de natal molhadas para oleodutos (pipe-lines), aparelhos de ar-condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis (inclusive os do tipo split system), carregadoras-transportadoras, tratores agrícolas, máquinas ou aparelhos para o setor agrícola, válvulas de expansão de segurança redutoras de pressão, motoniveladores e bombas centrífugas, na segunda; e baterias ou acumuladores elétricos para veículos automotores, refrigeradores ou congeladores (freezers) para uso doméstico, motores elétricos de corrente alternada ou contínua, ventiladores para uso doméstico, fogões de cozinha para uso doméstico, eletroportáteis domésticos, fios, cabos e condutores elétricos, conversores estáticos elétricos ou eletrônicos e máquinas de lavar ou secar roupa para uso doméstico, na terceira. Outras contribuições positivas importantes foram assinaladas pelos ramos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (11,9%), de produtos têxteis (17,5%), de metalurgia (4,1%), de produtos de metal (6,6%), de produtos químicos (2,4%), de produtos de borracha e de material plástico (3,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (7,7%), de produtos de minerais não metálicos (4,2%), de produtos diversos (10,3%) e de móveis (9,1%).
Por outro lado, ainda na comparação com janeiro de 2024, entre as oito atividades que apontaram redução na produção, indústrias extrativas (-5,2%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,8%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria, pressionadas, principalmente, pela menor produção de minérios de ferro e óleos brutos de petróleo, na primeira; e de óleo diesel e óleos combustíveis, na segunda. Vale destacar também os impactos negativos registrados pelos setores de bebidas (-5,1%) e de celulose, papel e produtos de papel (-3,1%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (16,6%) e bens de capital (8,2%) assinalaram, em janeiro de 2025, as taxas positivas mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. O setor produtor de bens intermediários (0,3%) também mostrou crescimento na produção nesse mês, mas apontou avanço menos elevado do que o verificado na média da indústria (1,4%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%) assinalou o único resultado negativo em janeiro de 2025.