Porto Alegre, 05 de março de 2025 – A Bolsa de Mercadorias e Futuros de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira com preços acentuadamente mais altos.
Na terceira sessão seguida de altas fortes, NY atingiu os níveis mais altos em duas semanas, batendo para maio na máxima do dia em 418,55 centavos de dólar por libra-peso. Depois de atingir este topo reduziu um pouco o movimento altista e perdeu a linha de US$ 4,10 para o contrato maio, mas ainda assim manteve valorização consistente.
As preocupações com a safra brasileira de 2025 persistem. Uma nova onda recente de calor e altas temperaturas trouxe tensão novamente ao mercado, diante de temores que isso possa reduzir mais a produção deste ano, após a longa seca de 2024. A expectativa é de melhora no clima na segunda metade de março, com o retorno de umidade no cinturão cafeeiro.
Há indicações também técnicas de que a pressão compradora tende a aumentar, pelo menos no curto prazo, destacou a Reuters.
O dólar em queda contra o real e outras moedas foi outro aspecto altista no dia.
As exportações de café dos países membros e não-membros da Organização Internacional do Café (OIC) totalizaram 10,83 milhões de sacas de 60 quilos em janeiro, quarto mês da safra mundial 2024/25, contra 12,49 milhões de sacas registradas no mesmo mês de 2024, caindo 13%.
Segundo a OIC, as exportações de café nos quatro primeiros meses da temporada 2024/25 (entre outubro e janeiro) recuaram 4,9%, atingindo 42,79 milhões de sacas, na comparação com 45,01 milhões de sacas em 2023/24 no mesmo período.
Por outro lado, as exportações de café arábica totalizaram 85,7 milhões de sacas nos doze meses anteriores até janeiro, ante 76,33 milhões nos doze meses precedentes, aumentando 12%. Já os embarques de robusta somaram 50,09 milhões de sacas, contra 51,71 milhões, queda de 3%.
Os contratos com entrega em maio/2025 fecharam a 409,95 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 11,55 centavos, ou de 2,9%. A posição julho/2025 fechou a 399,55 centavos, elevação de 3,0%.
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Safras News
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