Porto Alegre, 7 de fevereiro de 2025 – O índice de preços de alimentos da FAO teve média de 124,9 pontos em janeiro de 2025, queda de 2,1 pontos (1,6%) em relação ao seu nível revisado de dezembro. As reduções nos índices de preços de açúcar, óleos vegetais e carne mais do que compensaram os aumentos nos de laticínios e cereais.
Os preços dos cereais tiveram média de 111,7 pontos em janeiro, alta de 0,3 pontos (0,3%) em relação a dezembro, mas ainda 8,2 pontos (6,9%) abaixo do nível do ano anterior. Os preços de exportação de trigo caíram muito ligeiramente em janeiro, com poucas movimentações durante o mês. Enquanto a fraca demanda de importação, levando a vendas de exportação lentas de vários grandes exportadores, pesou sobre os preços, suprimentos mais apertados na Federação Russa e condições mistas de safra de inverno em partes da União Europeia, a Federação Russa e os Estados Unidos da América forneceram suporte.
Os preços mundiais do milho aumentaram em janeiro, superando seus níveis de um ano antes pela primeira vez em dois anos. A pressão ascendente de preços resultou de suprimentos sazonalmente apertados, condições desfavoráveis na Argentina quando o plantio terminou, progresso lento na principal safra do Brasil (safrinha), juntamente com previsões revisadas e menores de produção e estoque de milho nos Estados Unidos da América.
O preço de carne teve média de 117,7 pontos em janeiro, queda de 1,7 ponto (1,4%) em relação a dezembro, enquanto permaneceu 8,9 pontos (8,1%) acima do nível do ano passado. O declínio foi motivado pelos menores preços internacionais de carne ovina, suína e de aves, que superaram os aumentos nas cotações de carne bovina.
Os preços da carne ovina diminuíram à medida que a demanda diminuiu após os feriados de fim de ano. Da mesma forma, os preços da carne suína caíram, devido às cotações mais baixas na União Europeia, onde um surto de febre aftosa na Alemanha desencadeou proibições de importação por vários países importadores importantes, resultando em abundantes excedentes de suprimentos, exacerbados por atrasos decorrentes do fechamento de matadouros durante as férias de inverno.
Enquanto isso, os preços da carne de aves diminuíram, refletindo amplos suprimentos, principalmente do Brasil, onde os preços competitivos da ração sustentaram a produção. Em contraste, os preços mundiais da carne bovina aumentaram, sustentados pela forte demanda de importação sustentada de mercados importantes.
Por fim, o índice de preços do açúcar da FAO teve média de 111,2 pontos em janeiro, queda de 8,1 pontos (6,8%) em relação a dezembro e até 25,2 pontos (18,5%) em relação ao seu valor há um ano, atingindo seu menor nível desde outubro de 2022, quando teve média de 108,6 pontos. O declínio em janeiro foi impulsionado principalmente pelas melhores perspectivas de fornecimento global para a atual temporada 2024/25, após um clima geralmente favorável no Brasil nos últimos meses que beneficiou as safras de cana-de-açúcar a serem colhidas a partir de abril de 2025. Além disso, a decisão do Governo da Índia de retomar as exportações de açúcar após limitá-las desde outubro de 2023 exerceu ainda mais pressão descendente sobre os preços mundiais do açúcar.
As informações partem da FAO.
Revisão: Sara Lane – sara.silva@safras.com.br (Safras News)
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