Porto Alegre, 31 de janeiro de 2025 – O mês de janeiro foi adverso para a suinocultura brasileira, com preços mistos tanto para o suíno vivo quanto para os principais cortes no atacado. Segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado teve um mês complicado, considerando o arrefecimento de demanda.
Iglesias pontuou que este movimento produziu uma queda nas cotações no suíno vivo, mas principalmente no abatido. “O perfil de consumo traçado para o período indicada este tipo de situação”, ressaltou.
O analista ainda complementou que este quadro se agravou com o recuo dos preços das proteínas concorrentes. Por fim, concluiu que os custos de nutrição animal devem seguir sendo uma preocupação durante o primeiro semestre de 2025, tendo em vista o recentemente comportamento do milho no país.
Preços
A análise mensal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 151,00 para R$ 152,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo subiu de R$ 6,35 para R$ 6,50 e no interior do estado foi de R$ 8,05 para R$ 8,15.
Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração aumentou de R$ 6,45 para R$ 6,55 e no interior catarinense caiu de R$ 7,85 para R$ 7,80. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou recuo de R$ 7,95 para R$ 7,80 no mercado livre e, na integração, elevação de R$ 6,45 para R$ 6,55.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve baixa de R$ 7,75 para R$ 7,60 e, na integração, teve alta de R$ 6,40 para R$ 6,50. Em Goiânia, os preços subiram de R$ 7,60 para R$ 7,80. No interior de Minas Gerais, os preços tiveram elevação de R$ 7,90 para R$ 8,00 e, no mercado independente, de R$ 8,00 para R$ 8,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve perdas de R$ 7,70 para R$ 7,45 e, na integração do estado, permaneceu em R$ 6,35.
Exportações
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 181,383 milhões em janeiro (17 dias úteis), com média diária de US$ 10,669 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 74,04 mil toneladas, com média diária de 4,353 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.451,0.
Em relação a janeiro de 2024, houve alta de 28,4% no valor médio diário, avanço de 14,3% na quantidade média diária e alta de 12,3% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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