Porto Alegre, 31 de janeiro de 2025 – O mercado físico brasileiro de algodão passou a maior parte de janeiro descolado do referencial da Bolsa de Nova York, um movimento típico de entressafra. Os compradores reduziram suas bases, demonstrando algum interesse para entrega em 30 dias, enquanto os produtores permaneceram na defensiva, o que ajudou a conter a pressão negativa sobre as cotações domésticas, informou a Safras Consultoria.
A indústria local também esteve menos agressiva após o pico de consumo no final de 2024. No mercado spot, o valor do algodão no CIF de São Paulo encerrou a quinta-feira (30) na casa de R$ 4,10 por libra-peso. Em relação à quinta-feira (23) da semana anterior, houve uma queda de 1,20%, quando era R$ 4,15 por libra-peso. O preço também apresentou desvalorização em comparação com os R$ 4,18 por libra-peso registrados no mesmo período do mês passado.
Já em Rondonópolis, no Mato Grosso, a pluma paga ao produtor ficou em R$ 3,88 por libra-peso, equivalente a R$ 128,23 por arroba. Na última semana, o valor era R$ 3,93 por libra-peso (R$ 129,90 por arroba), registrando uma queda de 1,29%. Em relação ao mesmo período do mês anterior, quando a pluma era cotada a R$ 3,97 por libra-peso (R$ 131,28 por arroba), a retração foi de 2,32%.
Preços das paridades de exportação em MT – Imea
No comparativo semanal, as paridades de exportação dos contratos de julho/25 e dezembro/25, em Mato Grosso, apresentaram declínio de 1,46% e 1,14%, ficando nas médias de R$ 139,14/arroba e R$ 141,12/arroba, respectivamente.
Essa redução foi reflexo, principalmente, da desvalorização do dólar para os contratos futuros de julho/25 e dezembro/25, influenciada pelas incertezas quanto à economia mundial, em virtude das atuais falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação às taxações que estão previstas para serem oficializadas em fevereiro/25.
Por fim, cabe destacar que a curto prazo, as movimentações dos preços da pluma não indicam expressivas valorizações, tendo em vista às atuais questões macroeconômicas no mundo, bem como o panorama da oferta e demanda da pluma mundial, que indica uma produção superior ao consumo. As informações partem do Imea.
Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Safras News
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