Porto Alegre, 22 de novembro de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis a mais altos, tanto para o quilo vivo, quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, a perspectiva ainda é de alta no curto prazo, em linha com a boa demanda durante o último bimestre.
Soma-se a isso a situação das proteínas concorrentes, que seguem em forte elevação. “Os custos de nutrição animal ainda exigem estratégia por parte dos consumidores, em especial quando se observa o recente comportamento dos preços do milho”, pontua Iglesias.
No mercado atacadista, os preços ficaram acomodados durante a semana. “O viés ainda é de elevação das cotações no curto prazo, diante da característica de maior potencial de reajustes que o mês de novembro possui”, explicou o analista.
A entrada da primeira parcela do décimo terceiro salário e a baixa nos preços da carne bovina podem impulsionar a demanda pela carne de frango, com a maior parcela da população optando por proteínas de menor valor agregado. As exportações, por sua vez, seguem contundentes. “O país segue caminhando para um recorde histórico de embarques”, conclui.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito seguiu em R$ 10,75, o quilo da coxa em R$ 8,50 e o quilo da asa em R$ 13,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve estabilidade de R$ 11,00, o quilo da coxa de R$ 8,75 e o quilo da asa de R$ 13,25.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudança nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito continuou em R$ 10,85, o quilo da coxa em R$ 8,60 e o quilo da asa em R$ 13,10. Na distribuição, o preço do peito continuou permaneceu em R$ 11,10, o quilo da coxa em R$ 8,85 e o quilo da asa em R$ 13,35.
O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 5,40 para R$ 5,50 e, em São Paulo, seguiu em R$ 5,50.
Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango subiu de R$ 5,35 para R$ 5,45, em Goiás de R$ 5,35 para R$ 5,45 e, no Distrito Federal, de R$ 5,40 para R$ 5,50. Em Pernambuco, o quilo vivo avançou de R$ 8,00 para R$ 9,00, no Ceará de R$ 8,00 para R$ 8,90 e, no Pará, de R$ 8,25 para R$ 9,25.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 506,971 milhões em outubro (10 dias úteis), com média diária de US$ 50,697 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 267,348 mil toneladas, com média diária de 26,734 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.896,3.
Em relação a novembro de 2023, houve avanço de 60,4% no valor médio diário, alta de 50,1% na quantidade média diária e avanço de 6,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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