Brasil embarca recorde de 4,9 mi scs de café em outubro

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    Porto Alegre, 14 de novembro de 2024 – Os preços do café voltaram a subir nas bolsas de futuros de Nova York para o arábica e de Londres para o robusta nesta semana. NY renovou as máximas dos últimos 13 anos, com o mercado global refletindo as preocupações com o clima para a safra brasileira de 2025, com condições voltando a ficar secas e com altas temperaturas em algumas regiões. Também há apreensões com chuvas excessivas atrapalhando a colheita do robusta no Vietnã.

     Outro destaque da semana foi o desempenho recorde das exportações brasileiras de café em outubro. Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), mesmo com os gargalos logísticos, que impossibilitaram o embarque de 2,1 milhões de sacas de 60 kg de café até o fim de setembro neste ano, o Brasil registrou recorde mensal no volume exportado em outubro, com 4,926 milhões de sacas. Houve aumento de 11,6% no comparativo com outubro de 2023 e de 3,27% sobre o maior volume histórico anterior, em novembro de 2020 (4,770 milhões de sacas).

     O Cecafé destaca que, a um preço médio de US$ 282,80 por saca exportada, o valor com as vendas externas de café em outubro chegou a US$ 1,393 bilhão, recorde para um único mês em ambos os cenários. Na comparação outubro de 2023, o crescimento na receita cambial foi de 62,6%.

“Esse resultado de outubro foi, sem dúvida, muito bom para o comércio exportador de café do Brasil, pois demonstra o engajamento das empresas e de suas equipes de logísticas para consolidar seus embarques, buscando alternativas, como as exportações de cinco navios de break bulk, para honrar os compromissos com os clientes internacionais. Entretanto, é importante destacar que ainda há um grande volume de café parado nos portos e que os exportadores seguem enfrentando desafios logísticos para consolidarem seus embarques devido à continuidade dos elevados índices de atrasos de navios e rolagens de cargas”, destacou o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira.

De acordo com ele, o aumento na demanda por contêineres para a exportação de café, açúcar e algodão, somado à falta de infraestrutura portuária adequada para atender produtos conteinerizados, contribuiu para os elevados índices de atrasos dos navios e rolagens de cargas, impactando a gestão de gates e a lotação de pátios dos terminais.

No acumulado dos quatro primeiros meses da temporada 2024/25 (entre julho e outubro), as exportações totais brasileiras chegam a 17,075 milhões de sacas, aumento de 17,9% sobre o mesmo período de 2023/24.

No ano civil 2024, de janeiro ao fim de outubro, as exportações brasileiras de café somam 41,456 milhões de sacas, volume histórico para o período e que representa um incremento de 35,1% em relação ao embarcado nos mesmos 10 meses do ano passado, salientou o Cecafé.

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     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Safras News

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