Utilizando tecnologias de forma assertiva, plantio de soja de cooperados da Frísia atinge 50% no Paraná

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Imagem de jcomp no Freepik

Porto Alegre, 11 de novembro de 2024 – O plantio de soja já ultrapassa 50% da área total nas regiões dos cooperados da Frísia, no estado do Paraná. A cooperativa conta com semeadura em aproximadamente 112 mil hectares nas regiões de Carambeí, Ponta Grossa, Imbaú, Prudentópolis, Imbituva, Teixeira Soares, Irati, Terra Nova, Palmeira, Tibagi, Paranaguá e Tronco.

Em entrevista exclusiva à Safras News, o coordenador de Assistência Técnica Agrícola da Frísia, André Pavlak, afirmou que em áreas mais quentes, como Tibagi e Ortigueira, o avanço chega a 70% a 80%. Já em regiões de clima mais ameno, como Carambeí, Castro, Piranga e Biturva, o avanço é mais tímido, variando entre 40% e 50%.

“A semeadura está abaixo do ano passado devido à migração de algumas áreas para o cultivo de feijão nessa safra”, explicou. Na temporada 2023/24, a companhia plantou 117,6 mil hectares.

De acordo com Pavlak, até o momento, as condições climáticas têm favorecido o cultivo, com chuvas que sustentam a germinação e o crescimento das plantas. Não houve eventos extremos significativos, exceto algumas chuvas intensas isoladas.

Atualmente, as lavouras se dividem entre as fases de desenvolvimento vegetativo e emergência de grãos. Espera-se inicialmente que a produtividade supere os 3.950 quilos por hectare da safra passada, atingindo entre 4.000 quilos e 4.100 quilos por hectare. A colheita deve começar em março e se estender até o final de abril.

Conforme o coordenador, a cooperativa investe em tecnologia de precisão, abrangendo calcário, adubação e mapeamento de solo. Com apoio da Fundação ABC, produtores utilizam inovações que trazem resultados e respeitam práticas sustentáveis.

“A tecnologia por si só não garante resultados. Por exemplo, se eu der um iPhone 16 para o meu pai, ele usará apenas para fazer ligações. Embora o aparelho tenha grande tecnologia embarcada, ele não estará aproveitando todo seu potencial. Esse é o principal diferencial dos nossos cooperados: a capacidade de usar a tecnologia de forma assertiva, maximizando seus benefícios”, afirmou.

Segundo Pavlak, embora pragas e doenças sejam uma constante, como ferrugem e mofo branco, o suporte técnico e a pesquisa têm garantido um controle eficaz, evitando perdas significativas. Investimentos em armazenamento têm assegurado eficiência na pós-colheita. A proximidade ao porto facilita o escoamento, embora anos de safras excepcionalmente grandes possam ter desafios pontuais.

Quanto ao gerenciamento de custos e projeções de lucro, a cooperativa prioriza a assistência técnica independente, focada em recomendações que equilibram eficácia e economia. Isso, aliado à gestão cuidadosa das pré-vendas e das condições de mercado, deve proporcionar aos produtores uma segurança maior para enfrentar as incertezas do mercado global de soja.

“A Frísia não compra soja dos cooperados, mas administra a venda, os ajudando a gerenciar esse processo. Isso possibilita que o cooperado busque atingir o melhor valor de venda possível. Claro que o mercado é soberano e suas regras prevalecem, mas, de maneira geral, o modelo da cooperativa oferece mais tempo e atenção ao cooperado, permitindo que ele se dedique melhor à questão da venda, o que pode resultar em um impacto positivo em relação ao mercado como um todo”, completou.

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Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Safras News

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