Em linha com boa demanda da carne de frango no último bimestre, preços devem seguir subindo

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Porto Alegre, 8 de novembro de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços acomodados, tanto para o quilo vivo, quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o viés é de alta no curto prazo, em linha com a boa demanda durante o último bimestre. Soma-se a isso, segundo analista, a situação das proteínas concorrentes, que seguem em forte elevação.

“Os custos de nutrição animal ainda exige estratégia por parte dos consumidores, em especial quando se observa o recente comportamento dos preços do milho”, explica. “As exportações, por sua vez, seguem com postura agressiva. Há um recorde de embarques a caminho e os preços em recuperação são uma boa notícia para o setor”, afirma Iglesias.

Além disso, os preços no mercado atacadista apresentam firmeza, em perspectiva de alta no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, quadro que motiva a reposição entre atacado e varejo.

“Por sua vez, a carne de frango deve ganhar cada vez mais espaço na mesa da população, considerando o atual movimento de alta observado na carne bovina, fazendo com que as famílias optem por proteínas de menor valor agregado e que causem menor impacto na renda familiar, justamente o caso da carne de frango”, ressalta.

Preços internos

Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito subiu de R$ 10,50 para R$ 10,75, o quilo da coxa de R$ 8,30 para R$ 8,50 e o quilo da asa caiu de R$ 13,25 para R$ 13,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve avanço de R$ 10,75 para R$ 11,00, o quilo da coxa de R$ 8,50 para R$ 8,75 e o quilo da asa teve recuo de R$ 13,50 para R$ 13,25.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudança nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve elevação de R$ 10,60 para R$ 10,85, o quilo da coxa de R$ 8,40 para R$ 8,60 e o quilo da asa decaiu de R$ 13,35 para R$ 13,10. Na distribuição, o preço do peito continuou teve acréscimo de R$ 10,85 para R$ 11,10, o quilo da coxa de R$ 8,60 para R$ 8,85 e o quilo da asa teve desvalorização de R$ 13,60 para R$ 13,35.

O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,40 e, em São Paulo, em R$ 5,50.

Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango continuou R$ 5,35, em Goiás em R$ 5,35 e, no Distrito Federal, em R$ 5,40. Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 7,20, no Ceará em R$ 7,00 e, no Pará, em R$ 7,30.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 828,508 milhões em outubro (22 dias úteis), com média diária de US$ 37,659 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 434,767 mil toneladas, com média diária de 19,762 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.905,6.

Em relação a outubro de 2023, houve avanço de 25,2% no valor médio diário, alta de 16,2% na quantidade média diária e avanço de 7,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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