Café registra queda em NY com previsões de chuvas no Brasil e dólar em alta

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     Porto Alegre, 03 de outubro de 2024 – A Bolsa de Mercadorias e Futuros de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quinta-feira com preços mais baixos.

     Em mais um pregão de altos e baixos, NY recuou com as previsões de chuvas para o cinturão cafeeiro do Brasil nas próximas semanas. Isso traz alívio em relação às preocupações com as floradas e o pegamento das floradas que vão resultar na safra de 2025 brasileira. Porém, é importante salientar que a apreensão com a safra persiste, já que as regiões estão com prolongados períodos de estiagem, enfrentaram altas temperaturas e há um grande déficit hídrico na maior parte das regiões. Fala-se em quebras irreversíveis mesmo que chova bem daqui pra frente.

     A alta do dólar contra o real e outras moedas e o bom desempenho das exportações globais foi aspecto também colocado como de pressão. NY atingiu o preço mais baixo desde 23 de setembro na sessão desta quinta-feira.

     A proposta de adiamento da lei antidesmatamento da União Europeia (EUDR), anunciada nesta quarta-feira (2/10) pela Comissão Europeia, também foi aspecto baixista. Isso pode representar pressão sobre as cotações, trazendo maior tranquilidade para o ritmo de importações de café, sem necessidade das grandes indústrias europeias correrem para compras antes do fim do ano. A lei inicialmente entraria em vigor no final de 2024 e pode ser adiada para o fim de 2025. É preciso confirmação deste adiamento.

     Oficialmente chamada de “Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR)”, a lei diz, em termos gerais, que os importadores europeus deverão fiscalizar suas cadeias de suprimento com objetivo de garantir que os produtos importados não venham de áreas desmatadas (informações do MDIC, Ministério da Indústria, Comércio e Serviços)

     Os contratos com entrega em dezembro/2024 fecharam a 252,05 centavos de dólar por libra-peso, com baixa de 4,45 centavos, ou de 1,7%. A posição março/2025 fechou a 250,50 centavos, queda de 4,25 centavos, ou de 1,7%.

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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Safras News

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