Fortaleza, 10 de setembro de 2024 – O produtor de algodão acelerou a aquisição de insumos de julho para cá, normalizando a situação. A constatação é de Fernando Prudente, líder de Produto de Soja e Algodão da divisão agrícola da Bayer no Brasil, que concedeu entrevista exclusiva à Agência Safras News, durante o 14o Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que aconteceu em Fortaleza. “Antes, estava atrasado em relação ao ano passado”, ressalta.
O dirigente da Bayer destaca que o cotonicultor acabou de colher a safra. Logo, este atraso não deve afetar o início da semeadura. “Vai começar a plantar em dezembro, sendo o forte em janeiro e fevereiro”, relata.
Em relação aos valores da pluma, a situação é mais delicada. Quem travou antecipadamente, conseguiu bons preços. “Mas há temor de quebra de contratos, caso o preço do algodão caia bastante no ano que vem, já que a oferta mundial é maior que a demanda”, pondera Prudente.
O entrevistado comenta que o Brasil vai precisar de novos mercados para exportar todo o excedente de algodão, pois o consumo interno segue estagnado. “Temos que investir, buscar parcerias, mostrar o lado sustentável do algodão”, enumera. “O Projeto Sou de Algodão, apoiado desde o início pela Bayer, vai neste sentido, com 1600 empresas parceiras”, finaliza.
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Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência Safras News
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