Comercialização de soja avança no Brasil, mas segue abaixo da média

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Porto Alegre, 6 de setebro de 2024 – A comercialização da soja, tanto para a atual como para a safra nova, avançou bem nos últimos 30 dias, apesar de estar ainda um pouco abaixo da média dos últimos cinco anos, conforme dados de Safras & Mercado.

Nesta última semana, os produtores aproveitaram os repiques dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) e do dólar comercial. Os prêmios seguem firmes.

No exterior, a semana foi marcada por boa demanda pela soja americana e algumas preocupações com o desenvolvimento final da safra nos Estados Unidos. O clima seco atingem cerca de 25% do cinturão produtor e pode comprometer o rendimento final, que não ficaria em números tão altos como os que o mercado vinha trabalhando.

A comercialização da safra 2023/24 de soja do Brasil envolve 82,2% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 6 de setembro. No relatório anterior, com dados de 9 de agosto, o número era de 77,5%.

Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 79,8% e a média de cinco anos para o período é de 86,4%. Levando-se em conta uma safra estimada em 151,55 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 124,55 milhões de toneladas.

Levando-se em conta uma safra de 171,54 milhões de toneladas, Safras projeta uma comercialização antecipada 2024/25 de 22,5%, o equivalente a 38,62 milhões de toneladas. Em igual período do ano passado, a comercialização antecipada era de 17,9% e a média para o período é de 26,4%. No relatório anterior, o número era de 18,2%.

Para a próxima semana, o destaque fica por conta do relatório de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quinta, 12. As atenções estarão voltadas para o número de safra nos Estados Unidos e se o departamento vai ratificar as previsões mais recentes de produção recorde.

No Brasil, o foco está ligado no início do plantio da safra 2024/25 e o comportamento do clima. Há preocupação com a falta de chuvas, que poderá atrasar o preparo do solo e o início da semeadura.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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