Perspectivas entre vendedores e compradores diferem e mercado de arroz encerra agosto com lentidão

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Porto Alegre, 30 de agosto de 2024 – Diante de um cenário de negociações escassas e preços nominais, a retenção de arroz pelos produtores define o atual momento do mercado brasileiro. “Esta estratégia de controle da oferta tem sustentado os preços, que se mantêm rentáveis para os orizicultores e acima da média dos últimos anos”, destaca o consultor e analista de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

No entanto, essa retenção de produto aumenta o receio de um acúmulo significativo de oferta na próxima temporada, que deverá ver um incremento expressivo na produção em toda a região arrozeira do Mercosul.

Segundo o consultor, há uma notável disparidade entre as cotações do arroz em casca e os preços do fardo do produto beneficiado no mercado interno. “Esta desconexão tem colocado as indústrias em uma posição vulnerável, uma vez que, para continuar abastecendo o mercado e manter suas marcas competitivas nos principais centros consumidores, muitas vezes precisam operar com margens extremamente apertadas ou até negativas”, pondera.

O cenário atual reflete uma cadeia produtiva em um momento atípico, onde a ponta vendedora, ao ditar o ritmo do mercado, tem se tornado a formadora de preços. “Isto cria um ambiente de tensão, onde a necessidade de equilibrar a oferta e a demanda se torna crucial para evitar distorções maiores no mercado nos próximos ciclos”, lembra Oliveira.

A média da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) era cotada a R$ 118,24 no dia 29 de agosto, com queda de 0,53% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia uma alta de 0,98%. E um aumento de 21,14% quando comparado ao mesmo período de 2023.

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Rodrigo Ramos/ Agência Safras News

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