Ambiente de negócios segue apontando para acomodação dos preços do frango no curto prazo

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Porto Alegre, 23 de agosto de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis para o vivo e para o atacado durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios tem apontado para acomodação dos preços no curto prazo.

De acordo com ele, é importante mencionar que o setor ainda trabalha com grande expectativa em torno das exportações, com excelente potencial de embarques para o restante da temporada.

“Em relação aos custos, a atenção ao comportamento dos preços do milho e do farelo de soja no restante do semestre é algo imprescindível para a manutenção de boas margens operacionais dentro da atividade”, ressaltou.

Em relação ao mercado atacadista, Iglesias explica que houve acomodação nos preços ao decorrer da semana. “O ambiente de negócios sugere por pouco espaço para alta dos preços, em linha com o comportamento durante a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo”, afirmou.

“Para o último trimestre há grande otimismo, considerando a taxa de ocupação da economia brasileira, com baixo nível de desemprego. Essa situação sugere por um maior impacto do décimo terceiro salário na atividade econômica, com um cenário gerando expectativa positiva para o varejo e de ótimo potencial de consumo das proteínas de origem animal”, concluiu o analista.

Preços internos

Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve estabilidade de R$ 9,30, o quilo da coxa de R$ 6,50 e o quilo da asa de R$ 9,25. Na distribuição, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 9,50, o quilo da coxa em R$ 6,70 e o quilo da asa em R$ 9,50.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também não apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 9,40, o quilo da coxa em R$ 6,60 e o quilo da asa em R$ 9,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 9,60, o quilo da coxa em R$ 6,80 e o quilo da asa em R$ 9,60.

O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,20 e, em São Paulo, em R$ 5,30.

Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 5,00, em Goiás em R$ 5,05 e, no Distrito Federal, em R$ 5,05.

Em Pernambuco, o quilo vivo ficou em R$ 4,70, no Ceará em R$ 4,50 e, no Pará, em R$ 4,85.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 346,639 milhões em agosto (12 dias úteis), com média diária de US$ 28,886 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 194,252 mil toneladas, com média diária de 16,187 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.784,50.

Em relação a agosto de 2023, houve perda de 11,7% no valor médio diário, recuo de 7,4% na quantidade média diária e baixa de 4,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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