Preços de suínos seguem subindo, avaliando maior competitividade com proteínas concorrentes

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Porto Alegre, 23 de agosto de 2024 – A semana registrou preços firmes tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos atuaram de maneira ativa na compra do animal vivo, enquanto a oferta se mostrou justa.

De acordo com o analista, a reposição entre atacado e varejo apresentou boa fluidez na semana, mas há expectativa de recuo até o fechamento do mês, mesmo que comedido, acompanhando o menor apelo ao consumo na ponta final.

“Vale frisar, que os cortes concorrentes e substitutos, frango e bovinos, estão com preços firmes no momento, fator que ajuda no nível de atratividade da carne suína. No decorrer das próximas semanas, o setor deve prestar atenção no fluxo de exportações, fundamental para o ajuste da disponibilidade e formação dos preços domésticos”, explicou.

Maia ainda destacou que vale frisar que o preço da tonelada em dólar está em processo de recuperação, bom para margem da indústria, favorecendo o ambiente de negócios no interior do país. “Suinocultores estão otimistas em relação as margens, considerando os preços do vivo e a evolução do custo de produção, com insumos da ração evoluindo sem sobressaltos”, concluiu.

Preços

Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país teve alta de 4,47% na semana, terminando em R$ 7,53. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu de R$ 12,97 para R$ 13,32 (+2,70) e a média da carcaça teve avanço de 5,03%, atingindo R$ 12,67.

A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 162,00 para R$ 168,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo subiu de R$ 5,70 para R$ 5,85 e no interior do estado de R$ 7,60 para R$ 8,00.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração foi de R$ 5,75 para R$ 5,90 e no interior catarinense de R$ 7,65 para R$ 8,10. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou avanço de R$ 7,70 para R$ 8,10 no mercado livre e, na integração, de R$ 5,35 para R$ 5,40.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande subiu de R$ 7,20 para R$ 7,50 e, na integração, de R$ 5,70 para R$ 5,85. Em Goiânia, os preços cresceram de R$ 8,30 para R$ 8,70. No interior de Minas Gerais, os preços subiram de R$ 8,50 para R$ 9,00, no mercado independente, o avanço foi de R$ 8,80 para R$ 9,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve alta de R$ 7,20 para R$ 7,55 e, na integração do estado, de R$ 5,65 para R$ 5,85.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 104,382 milhões em agosto (12 dias úteis), com média diária de US$ 8,698 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 43,240 mil toneladas, com média diária de 3,603 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.414,00.

Em relação a agosto de 2023, houve baixa de 1587% no valor médio diário, recuo de 17,1% na quantidade média diária e avanço de 1,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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