Certificação é caminho a ser seguido por todos os produtos no Brasil, diz assessor especial do Mapa

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Tractor spraying a field of soybean

Porto Alegre, 5 de agosto de 2024 – O assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Augustin, celebrou as aberturas de mercados ao agronegócio brasileiro nos últimos meses. Ele representou o ministro Carlos Fávaro na cerimônia de abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), e realizado em São Paulo (SP).

A Safras News realiza a cobertura in loco do evento.

Conforme Augustin, uma das coisas que o Mapa mais tem feito é abrir mercados. Recentemente, o Brasil se tornou o maior exportador de algodão do mundo, desde que os produtores brasileiros da fibra começaram a certificar seu produto. “Atualmente, 80% do algodão brasileiro é certificado. Não estamos ganhando espaços porque vendemos mais barato, mas porque temos certificação. Esse é um caminho que todos os produtores devem seguir”, defendeu.

Recursos para financiamentos

No ano passado, foi aberta uma linha de financiamento dolarizada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a aquisição de máquinas agrícolas, que já foi expandida para equipamentos de armazenagem. Foram R$ 6 bilhões. Segundo o assessor especial do Mapa, em 2024 esse valor deve aumentar.

para ele, o dinheiro precisa vir de outras fontes que não o Tesouro. “Outras formas de financiamento privado precisam colaborar com a agricultura”, disse.

Rio Grande do Sul

O assessor aproveitou a participação do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, no evento para reforçar a solidariedade do Mapa ao estado. Ele disse que a pasta trabalhará para o retorno da normalidade após as enchentes de maio. “A agricultura do Brasil tem que devolver parte do que o Rio Grande do Sul fez por ela. Conte conosco, conte com o Mapa. Sei que a necessidade é maior do que o que podemos fazer, mas somo solidários e vamos trabalhar fortemente”, prometeu.

Expansão agrícola

Atualmente, segundo Augustin, o Brasil planta de 50 a 60 milhões de hectares com suas principais culturas. “Temos 160 milhões de hectares que podem ser revertidos em área agrícola. É uma grande oportunidade”, portanto ele defende a expansão sustentável nessas áreas. “Nosso direito de desmatar é nosso direito de desmatar. Ninguém pode nos tirar esse direito. Mas temos mais coisas a fazer. 160 milhões é muita área, não vamos viver pra ver isso, mas tem que fazer. Não adianta inundar o mundo com produtores. Temos que fazer como o algodão: sustentável e com certificação, com competitividade e agressividade.

O assessor encerrou sua fala dizendo que a posição do Brasil nas questões ambientais deve ser de ataque, não de defesa. “Não temos que nos defender, mas atacar. Só temos a mostrar e certificar. Só temos a ganhar com isso”, pontuou.

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Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Safras News

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